quarta-feira, março 24

IDENTIDADE

Fazer uma resenha sobre um suspense sempre é um problema, pois qualquer coisa que falemos pode entregar o final do filme. Além disso, eu não gosto de contar simplesmente a trama sem dar minha opinião, isso você encontra facilmente por aí em sites e revistas de cinema. Mas, como eu sou metido mesmo, vamos tentar.
Identidade (Identity, James Mangold, EUA, 2003) prometia. Tem John Cusack, Ray Liotta e Amanda Peet no elenco e parecia ser um daqueles suspenses tipo Agatha Christie, onde todo mundo é suspeito. Os primeiros minutos do filme confirmavam as expectativas. Dez pessoas são mantidas num hotel de beira de estrada por causa de várias coincidências estranhas, e a medida que passa o tempo, um a um começa a morrer. Entrelaçado com a história do hotel, acontece um julgamento pedindo o perdão de um serial killer prestes a ser executado. Nesse momento eu já estava quebrando minha cabeça tentando descobrir quem era o assassino. Mas, diferentemente da maioria dos suspenses, a solução do mistério foi dada bem antes do final. E o pior, a solução é totalmente sem graça e sem nexo. Não que não fosse uma solução plausível, mas é muito idiota. Dá a impressão de que o roteirista criou uma trama tão complexa que não haveria como achar um suspeito coerente com a história, então resolveu apelar.
Daí em diante, é só tempo perdido. Que graça tem em ver um suspense que você já sabe quem é o suspeito? Um suspense que se preze faz com que você se sinta um idiota ao ver as evidências durante todo o filme e não se dar conta de quem é o culpado. Esse tipo de filme faz com que você reveja o filme só para tentar achar um furo no roteiro - ou vai dizer que você não viu O Sexto Sentido de novo? Não é o caso de Identidade. Esse nem John Cusack salvou...

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