segunda-feira, janeiro 31

AS CERTINHAS DO FABIAN

Nina Moric
FAZ TEMPO, NÉ?

Pois é, pessoal. Faz mais de mês que eu não posto nada por aqui. Um total desleixo e desrespeito aos poucos que aqui aparecem de vez em quando. A verdade é que assim como comecei esse blog por causa uma compulsão terapêutica por escrever - teve um dia que eu postei 16 vezes - eu agora gozo de uma total tranquilidade, física e emocional. E todos nós sabemos que o conflito é o principal gerador de inspiração dos escritores. Não choro mais por amor, não me estresso mais com o trabalho, não tenho visto filmes que me motivem a escrever (salvo o filme que comentarei a seguir). Enfim, acho que esse é o fim do iGNORANCEiSbLISS, ao menos como vocês conheciam. Decidi não ter nenhum compromisso com ninguém, a não ser comigo mesmo. Se eu tiver alguma coisa pra dizer, eu digo. Se não tiver nada, não digo nada, sem nenhum compromisso de periodicidade. Portanto, não me cobrem se eu ficar seis meses sem escrever ou se eu começar a escrever compulsivamente novamente. Esse blog é oficialmente, a partir de agora, apenas um mero arquivo dos meus pensamentos, arquivo esse que serve somente pra mim.

Hoje, por exemplo, eu resolvi falar do que foi o meu mês de janeiro. Um janeiro bastante diferente do último. Trabalhei muito, ao contrário do ano passado. E o melhor, trabalhei muito EM CASA, com um copo de refri, uma carteira de Free Slims e vestindo somente uma bermuda, provando que o investimento no PC novo valeu a pena. Diferentemente do último janeiro, esse foi também um mês feliz em termos amorosos. Meu namoro, por mais que tenha tido alguns problemas normais em qualquer relacionamento, vai muito bem. Havia muito tempo que eu não passava tanto tempo com alguém, o que faz eu poder dizer que estou amando de verdade novamente, o que eu duvidava que aconteceria em janeiro passado. Pra não dizer que esse janeiro foi quase perfeito, eu fiquei devendo um pouco mais de convivência com os meus amigos. Realmente sumi. Quase não respondi e-mails, fiquei escondido no MSN, enfim, virei quase um ermitão. Mas não se preocupem que pretendo dar um jeito nisso rapidinho.

Vi bastante filmes nesse mês, graças ao BitTorrent e a alguns arregos conseguidos por minha gatinha. Muitos eu gostei, ao contrário do que vinha acontecendo ultimamente, mas o único que vale mesmo a pena recomendar é Perto Demais (Closer, Mike Nichols, EUA, 2005). Vou pular os detalhes informativos e ir direto as opiniões. Há muito tempo eu não via um filme que pode ser classificado como PERFEITO. Desde o primeiro minuto, com a maravilhosa música-tema de Damien Rice, The Blower´s Daughter embalando a visão da não menos maravilhosa Natalie Portman no papel mais maduro da sua carreira, até os créditos finais, com a mesma música, porém num clima totalmente diferente. Closer fala de relacionamentos de uma forma que nunca tinha sido encarada - a verdadeira. Mostra que somos humanos e erramos por uma vaidade burra, e que não pensamos duas vezes em transformar o amor em ódio ou vingança quando somos feridos. E, principalmente, mostra que o amor nem sempre é lindo e maravilhoso. Por isso, a escolha de Julia Roberts como atriz principal é a única coisa que deixa a desejar nesse filme, já que seu passado como queridinha dos romances hollywoodianos a descredencia para o papel de vagabunda que ela faz em Closer. Em compensação, Natalie e, principalmente, Clive Owen, desde já nos proporcionam as melhores interpretações do ano, fato comprovado pelos prêmios recebidos no Globo de Ouro e pela indicação aos Oscars de Melhor Atriz e Ator Coadjuvante, respectivamente. Aliás, ao mesmo tempo que é um grande mérito, é uma grande injustiça, já que os dois são tão protagonistas da história quanto Julia e Jude Law. Como já disseram em várias críticas, Closer é daqueles filmes que nos fazem sair do cinema diferentes, no que eu concordo plenamente. Só não veja se você nunca amou, nunca sofreu por amor e tem medo da verdade.

Outra coisa que me deixou boquiaberto em janeiro foi a terceira temporada de 24 Horas. Sem me estender muito, só digo que 24 é, sem dúvida, O MELHOR SERIADO DE TODOS OS TEMPOS!!! Agora é só esperar a quarta temporada, que começa em março no Brasil. Ou fazer que nem eu e baixar os episódios da net, hehehe. Até o quinto episódio, tudo está como sempre, perfeito. Muita ação, adrenalina e suspense conforme esperado. Só com uma diferença: dessa vez os bois tem nome. Os vilões terroristas são do Al Qaeda e a célula infiltrada é uma família árabe residente nos EUA. Isso vem gerando bastante polêmica entre os americanos, já que quem vê o seriado pode se influenciar pela situação e começar uma onda de preconceito contra os árabes residentes no país. Enfim, vamos ver no que dá. Tomara que os republicanos não estraguem a história de sucesso e qualidade do seriado.

Na música, nada a dizer. Tenho escutado muito os novos do U2 e do Green Day - que fez eu voltar a gostar da banda com o excelente American Idiot - o disco do Damien Rice, ainda sob o efeito Closer e continuo ouvindo regularmente o Hot Fuss, dos Killers, sem dúvida o melhor disco de 2004.

Por enquanto é isso. Ainda teria que falar alguma coisa sobre o Planeta Atlântida e minha experiência no backstage do festival, mas agora eu estou com preguiça. Mas no fotolog já dá pra ver uma palhinha do que aconteceu - aliás, alguém me viu no RBS Notícias de sexta-feira?

Até não sei quando...