terça-feira, novembro 29

Voltando à ativa, depois de um período turbulento e cansativo, onde uma onda gigante de trabalho me impediu de escrever. Ô blogzinho ruim de acabar esse, hein?

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O DISCO



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The Darkness, One Way Ticket To Hell And Back: Pra quem achava que o Darkness era apenas uma piada, aí estão eles de volta, e melhores. Se no primeiro disco, o hard rock farofa dos anos 80 era a grande inspiração, dessa vez o grande "homenageado" é o Queen. A primeira música, One Way Ticket é bem o velho Darkness, um AC/DC com muito batom. Mas já na segunda faixa, Knockers - cuja introdução é igual a de I Want To Break Free - começa a imitação descarada do Queen. English Country Garden tem backing vocals e um andamento muito parecido com os primeiros trabalhos da banda de Freddy Mercury, e Blind Man pode, pela sua grandiloqüência, ser comparada a Who Wants To Be Forever. Para quem conhece o Darkness, nada muito surpreendente, já que o vocalista Justin Hawkins é, sem dúvida, a figura mais afetada que surgiu no rock'n'roll desde a partida de Freddie. Aposto que a bicha-mor do rock concordaria que seu legado está em boas mãos.


O FILME



The Descent (Neil Marshall, Inglaterra, 2005): Podem falar o que quiserem, mas eu sou uma daquelas pessoas que acha que A Bruxa De Blair é um marco do terror no cinema. Sim, porque terror para mim é aquela sensação de estar na descida da montanha-russa, aquele frio constante na barriga, quando todos os pêlos do corpo ficam eriçados e qualquer barulho estranho nos faz pular da cadeira. Junte-se a isso um pouco de claustrofobia, nojo e escuridão, e você tem o genial The Descent, certamente o melhor filme de terror do ano. Um grupo de amigas, amantes de esportes radicais, resolve explorar uma caverna para ajudar uma delas a superar um terrível trauma. Como é de se esperar, tudo acaba dando errado e elas acabam se perdendo dentro da caverna, além de serem vítimas de uma terrível ameaça que se esconde por lá. Digamos que, em termos de originalidade de roteiro, The Descent não é único - a trama é muito parecida com a bomba The Cave. Mas o talento do diretor Neil Marshall dá ao filme uma qualidade acima da média - até aqueles sustos mais clichês funcionam devido ao clima de medo constante do filme. Extremamente recomendável pra quem gosta de ficar duas horas com o estômago apertado e curte roer as unhas até sair sangue.


O FATO

Não poderia ser outro senão a volta do Grêmio à primeira divisão do futebol brasileiro. Como gremista posso afirmar sem medo de errar: foi a decisão de campeonato mais linda, emocionante, surpreendente e heróica da história do clube e, talvez, da história do futebol brasileiro. Em questão de minutos, o tricolor foi do inferno aos céus. Transformou uma situação catastrófica em uma glória histórica. O Grêmio teve sorte, raça e futebol, como teve em todos os seus títulos, só que dessa vez em dose dupla, tripla, quádrupla. Agora é começar tudo de novo para o ano que vem, montar um time que possa fazer frente aos grandes do futebol brasileiro. E que esse time comece com o grande responsável pela conquista: Mano Menezes. Agora, para o ano terminar com chave de ouro para os gaúchos, só falta o Inter conseguir fazer o impossível e ganhar o Brasileiro. Só que milagre só Deus é capaz de fazer, e acho que ele gastou todos os seus poderes sábado nos Aflitos. Portanto, torcida colorada, o negócio é esperar mais uns aninhos para levantar um caneco. Para quem já esperou 13 anos, mais uns 10 não é nada...


A GOSTOSA


Marisol Ribeiro

sábado, novembro 26

LUTO



Pat Morita, the Japanese actor who gained fame and an Oscar nomination for his role as Mr. Miyagi in the endless Karate Kid series, died Thursday. Morita, whose first major role was that of Arnold Takahashi on Happy Days, began acting in 1967 (as "Oriental #1" in Thoroughly Modern Millie) and had worked steadily since The Karate Kid was released in 1985.

In addition to his pop culture resonance as Mr. Miyagi, Morita also served as one of the few well-known reminders of the US internment of Japanese-Americans during World War II. As a child, he was sent directly from the hospital - where he was recovering from spinal tuberculosis - to join his parents in an Arizona internment camp. Morita never shied away from talking about his time in the camp, and thus was one of the few prominent voices still discussing that period of American history.

Morita was 73
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Crédito: Cinematical


Estou vivo, pessoal. Apenas sem tempo nenhum para postar. Mas assim que a coisa se acalmar, voltaremos à programação normal.

sábado, outubro 29

POST ESPECIAL - TIM FESTIVAL



Somente agora, três dias depois, tive coragem de falar um pouco sobre o que aconteceu na última terça-feira em Porto Alegre. O que você vai ler nas próximas linhas pode parecer exagerado, mas lhe garanto que não é mesmo. Oito mil pessoas presenciaram o MELHOR SHOW DE ROCK DA HISTÓRIA DA CIDADE! E o irônico disso tudo é que não era o show principal, e sim o show de uma das bandas de abertura. O incensado - com toda razão - Arcade Fire.

Cheguei no meio do primeiro show da noite, o dos gaúchos do Acústicos & Valvulados. Tudo bem que exista uma lei que obrigue ter uma banda gaúcha na abertura de shows estrangeiros, mas os promotores do show poderiam ter escolhido uma banda que tivesse mais a ver com as bandas principais. Mesmo assim, os gaúchos não fizeram feio. Entraram no palco sabendo que a reação da platéia seria adversa e fizeram até piada com a situação. O problema é que as músicas não ajudam. Durante o show do Acústicos, enquanto tomava uma cerveja, uma figura estranha me chamou a atenção. Um cara alto, cabeludo e vestido de amish caminhava tranquilo entre as pessoas sem ser reconhecido. Não acreditando no que estava vendo, o chamei pelo nome, o que lhe causou uma certa surpresa. Era o vocalista do Arcade Fire, Win Butler. Falei algumas coisas num inglês macarrônico, mas me fiz entender. Na verdade não lembro bem o que falei com ele, só sei que ele ficou por ali uns bons 10 minutos, sem que as pessoas à nossa volta suspeitassem de quem se tratava. Tá duvidando? Então dá uma olhada...

Ainda com um sorriso que insistia em não sair da minha cara, vejo aquele cara que meia hora antes estava vendo o show comigo subir no palco com mais um monte de gente. Eu já conhecia a banda e suas músicas por escutar compulsivamente o disco Funeral e por ter baixado uma apresentação deles com a participação do David Bowie. Mas quando Richard Parry começou a marcar no tambor a batida marcial de Wake Up, eu vi que estava diante de uma das melhores bandas em cima de um palco que eu já tinha visto. O Arcade Fire é uma mistura estranha ao rock que, no entanto, dá certo. Eles não tem o mínimo sex appeal, não parecem uma banda de rock convencional - tambor, violinos e acordeon não são comuns de se ver - mas a paixão que demostram ao tocar conquista instantaneamente. Dá pra se dizer que é mágico. Nas músicas seguintes, a banda sempre surpreendeu a platéia, lançando mão de recursos completamente originais, como um solo de capacete em Laika - com direito a mosh de Richard Parry, sempre ele - uma dancinha robótica de Régine Chassagne em Haiti, um baixo acústico em Brazil. Depois da excelente cover para State Trooper, de Bruce Springsteen, o show atingiu seu auge, com a sequência da linda balada Crown of Love e as agitadas Neighborhood 1 (Tunnels) e Neighborhood 3 (Power Out), culminando com a música mais esperada pelos (poucos) fãs, Rebellion (Lies). Essa música foi um espetáculo à parte. A grande maioria das pessoas presentes que não conhecia a banda, se rendeu ao espetáculo quando o tímido William Butler pegou o tambor e escalou a estrutura metálica do lugar, sendo saudado por um lindo coro da platéia, acompanhando a melodia dos violinos. Emocionante! Ficou a impressão que Porto Alegre presenciou o início de uma banda que, certamente, ainda vai se tornar muito grande. Quem estava lá já tem história pra contar para os filhos.

Depois disso, ainda tinha a atração principal, os Strokes. O show foi bom, mas depois do show do Arcade, fica difícil gostar de qualquer coisa. Mas quem consegiu sair do transe proporcionado pelos canadenses, pôde ver as excelentes músicas novas da banda, com destaque para a pesada Juicebox, que já toca nas rádios, e para Hawaii-Aloha, que lembra muito o Beach Boys do início de carreira. Talvez se o Strokes não tocassem depois do Arcade Fire...

Enfim, uma noite inesquecível, que não foi estragada nem pela péssima acústica do lugar, nem pelo engarrafamento na saída e nem pela frente do meu CD Player roubada de dentro da minha bolsa durante o show. Para descrever o que foi o show, cito o baterista do Strokes, Fabrizio Moretti, em entrevista ao colunista Lúcio Ribeiro: "Só neste ano eu vi o Arcade Fire quatro vezes. Teve uma vez dessas em que eu achava que minha vida estava uma merda e eu fui ver o Arcade Fire. Para mim, o show foi como uma experiência religiosa. Foi inacreditavelmente emocionante. Como se fosse uma cerimônia da felicidade de viver. Soa estúpido, mas é a melhor descrição do que eu vi e senti. Saí do show uma outra pessoa, melhor". Certamente todos os presentes saíram com a mesma sensação...


Essa semana não tem filme, nem fato, nem mesmo gostosa, mas semana que vem tem post novo nos mesmos moldes de sempre. Até lá!

domingo, outubro 23

O DISCO


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Zoot Woman, Living In A Magazine: Essa semana já tinha seu disco escolhido (We Are Scientists, With Love And Squalor), mas depois de descobrir essa pérola, não deu pra resistir. O Zoot Woman é o mais novo projeto do DJ francês Jacques Lu Cont - mais conhecido pelo seu outro peojeto, o Les Rythmes Digitales, que lançou o excelente disco Darkdancer, em 1999 - e revisita a sonoridade de bandas bem conhecidas dos anos 80, como Human League e Spandau Ballet. E quando eu digo revisita, chega a ser pouco: à primeira audição, o Zoot Woman dá a impressão de ser realmente uma banda da época, pela mixagem e timbre dos teclados. A banda já é uma das queridinhas da crítica especializada lá fora e Lu Cont é o produtor escolhido por Madonna para pilotar seu próximo disco. Destaques para as músicas Information First e para a excelente cover de The Model, do Kraftwerk. Em tempo: a dica desse disco eu achei na coluna Remix, da Zero Hora de quinta-feira, que melhorou muito depois de trocar de mãos e ficar a cargo da ex-baixista do Wonkavision, Grazi Badke. Ao menos agora é uma coluna de verdade, e não uma mera agenda do mundinho clubber-publicitário-indie de boutique porto-alegrense.


O(S) FATO(S)

Essa semana foi recheada de acontecimentos importantes, até no âmbito pessoal. Por exemplo, minha placa de video fritou e eu recebi $$$ do Orkut (mas, por contrato, não posso falar mais à respeito...). Mas como meu umbigo não é o centro do mundo, achei melhor falar do fato mais importante para a sociedade em geral, o Referendo sobre a questão do desarmamento. O povo brasileiro mostrou nas urnas que o país ainda não está preparado para se desarmar. Eu sou contrário a qualquer tipo de arma. Não tenho e não terei. Mas se tiver que escolher entre eu ter uma arma e um bandido, eu ainda escolho ficar com meu direito. Prefiro que ele ainda pense duas vezes antes de entrar na minha casa por não ter a certeza que estarei armado esperando. A discussão é grande e nunca vai acabar, mas acho que nenhum argumento bate o fato de que os bandidos não deixariam de ter armas se o SIM ganhasse. E ficar a mercê de vagabundo não é o que eu - e 64% da população - queremos. E Marquinhos, quanto ao comentário do post anterior, eu só te digo uma coisa: se o SIM ganhasse e um bandido machucasse qualquer um dos meus familiares, eu delegaria a culpa a você, OK? Pode ter certeza que a possibilidade disso acontecer seria infinitamente maior à qualquer uma das coisas que tu citasse. Acidentes e tragédias acontecem, com ou sem armas. Mas crimes são deliberados, pensados e acontecem todos os dias. E se não tivéssemos nem a chance de nos defendermos, a coisa ficaria ainda pior.

Ah, e como não poderia deixar de ser, um pouco de futebol: Como em todos os anos, o colorado morre na praia. E o Guaíba aumenta de nível com a choradeira. Botam a culpa no Zveiter, no juiz, no Papa, no Tião, na Sol e no Carreirinha e não no time fraco e inexperiente que entrega a rapadura no final contra o Juventude. E não adianta chorar e reclamar do juiz. Qualquer observação isenta dos lances da partida irá dar razão às decisões do juiz. O Clemer se adiantou no pênalti sim. E preparem-se: logo, logo tem o Boca na Argentina. E o colorado ainda faz questão de jogar na Bombonera! Bem se vê que é um clube que não tem passaporte, que não sabe direito como é a coisa lá fora. Um time desses não pode ser campeão de coisa nenhuma, nem de uma Conmebol de araque como essa Sul-Americana...


O FILME (na verdade, A SÉRIE)



Band Of Brothers (Vários diretores, EUA, 2001): Depois de muito tempo consegui ver a tão falada série sobre a Segunda Guerra produzida por Steven Spielberg e Tom Hanks. E me arrependi amargamente. Me arrependi de não ter visto muito antes! A série é um retrato fiel da história real da companhia Easy, um grupo de para-quedistas voluntários que saltaram na Normandia no Dia D e acabaram fazendo parte de todas as grandes batalhas aliadas na grande guerra. Um tratado emocionante de amizade, heroísmo e dedicação, mostrando em detalhes o que foi a Segunda Guerra do ponto de vista de quem estava lá dentro. Tudo isso com excelentes imagens, efeitos especiais e atuações. Se você tem 13 horas disponíveis, eu recomendo. Principalmente o documentário com os reais integrantes da Companhia Easy, todos com mais de 80 anos, que contam com muita emoção as histórias mostradas na série.


A GOSTOSA


Luciele de Camargo


Por ora, era isso. Semana que vem tem mais, com o show do Arcade Fire e do Strokes puxando a fila...

UPDATE

1) Só pra reforçar: o Arcade Fire vai ser, certamente, épico! Baixei uma apresentação deles com o David Bowie e os caras no palco são DEMAIS! Tô achando que hoje à noite vou ver o melhor show da minha vida. O setlist tá aqui.

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Roubado do Fabrício...

UPDATE 2

Chegando agora do show. Primeiras impressões:

- O Strokes foi bom como eu esperava. Quase previsível. Mas o Arcade Fire foi mais do que eu pensava - simplesmente embasbacante! Além disso, ainda assisti o fim do show do Acústicos & Valvulados com meu brother Win Butler, que estava humildemente no meio da galera - tenho foto pra confirmar. Pena que, na hora de ir embora, louco pra escutar o meu recém-baixado bootleg do Arcade num show em Paris, descobri que a frente do CD Player do meu carro foi roubado de dentro da minha bolsa por um mão-leve de primeira categoria. Mesmo com isso, o sorriso no rosto perdura até agora. Mais detalhes e fotos do show no próximo post...

quinta-feira, outubro 6

O(S) FILME(S)



Dogtown And Z-Boys (Stacy Peralta, EUA, 2001)/Os Reis de Dogtown (Lords Of Dogtown, Catherine Hardwicke, EUA, 2005): Como um bando de guris, que só queriam andar de skate e se divertir, conseguiram criar toda uma cultura? É o que contam os dois filmes acima citados. O primeiro é um documentário que conta a história real de um bando de garotos de Venice, Califórnia, os Z-Boys, cuja ousadia e talento acabaram influenciando toda a cultura do skate atual, desde a atitude, a música e o vestuário. Com a seca que atingiu o estado americano em 1975, os meninos que estavam acostumados a andar com seus skates em ladeiras e pequenas rampas de concreto, descobriram o potencial das piscinas vazias e, literalmente, inventaram o skate vertical, o que lhes transformou em ídolos mundiais da noite para o dia. O documentário mostra os fatos e o que aconteceu com os personagens dessa história, com imagens da época - algumas raríssimas - e depoimentos dos protagonistas. Já o segundo é um filme que se aprofunda mais na história dos três garotos mais importantes desse momento, Stacy Peralta (John Robinson, de Elephant), Tony Alva (Victor Razuk) e Jay Adams (Emile Hirsch, de Um Show de Vizinha). Os três amigos são inseparáveis até que o sucesso nas competições de skate acaba por separá-los. Enquanto o bom-moço Peralta e o ególatra Alva alcançam o sucesso, o badboy Adams, o mais talentoso deles, acaba caindo totalmente no submundo. Mas mesmo com essa separação e a rivalidade inerente a relação dos três, a amizade inicial não termina. Catherine Hardwicke, a mesma diretora de Aos Treze, continua com seu estilo que mistura MTV com Kids, porém em Lords... ela alcança um melhor resultado, principalmente pela qualidade da história e pela atuação de Emile Hirsch, que se mostra um ator de altíssima qualidade ao conseguir demonstrar uma atitude radical em contraponto à sua estampa. Os dois filmes se completam e tem como elo principal Stacy Peralta, que dirigiu um e escreveu o roteiro do outro, com uma humildade pouco vista no mundo do cinema. Mesmo sendo dos três o que teve maior sucesso comercial na época, se tornando um ídolo da juventude, Peralta presta um tributo ao talento de Alva e, principalmente, Adams, que teve uma vida atribulada por conta de problemas com drogas e com a polícia. O documentário é encontrado nas boas locadoras e o filme estréia dia 21 de outubro.


O DISCO


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Paul Weller, As Is Now: O ex-vocalista do Jam e do Style Council volta com um ótimo álbum solo, que certamente vai agradar os antigos fãs dessas bandas e conquistar mais alguns. Weller, mesmo não negando seu passado - ecos de Jam podem ser ouvidos em Come On Let's Go e From The Floorboards Up, assim como o estilo new bossa do Style Council está presente em The Start Of Forever - mostra que pode se dar bem em outros estilos como o funk, o folk e o jazz. Destaques para as faixas Bring Back The Funk, Fly Little Bird e Blink And You'll Miss It


O FATO (1)



Esse cara aí de cima é o novo James Bond. O inglês Daniel Craig vai interpretar o lendário agente secreto no próximo filme da série, Cassino Royale. Craig, que pode ser visto em Sylvia e no excelente Layer Cake, difere dos outros Bonds pelo tipo físico, já que é loiro e todos os anteriores eram morenos. Apesar de ser um bom ator e ter algum carisma, acho que Craig será um novo Timothy Dalton e não esquentará lugar no papel. Foi a mesma coisa quando Roger Moore largou a série. Todos achavam que Pierce Brosnan era o mais indicado para ser o novo Bond, mas o escolhido foi Dalton e Brosnan assumiu o posto bem depois. Dessa vez vai ser igual: Craig faz dois ou três filmes, não dá certo e Clive Owen assume.

De qualquer forma, o cara merece respeito. Traçou a Sienna Miller e enfiou um par de chifres no Jude Law, hehehe...


O FATO (2)

Aqui no Rio Grande só tem um líder: GRÊMIO! Parece que mais uma vez o colorado vai morrer na praia. Bem feito. Ficaram uma semana na liderança e já estavam falando como campeões. Mesmo na segundona ainda é muito bom ser gremista...


A GOSTOSA


Viviane Bordin


Bah, o w.bloggar viajou! Perdi o post da semana passada...

domingo, setembro 25

(untitled)

Já me disse com sabedoria minha gatinha: as melhores coisas não podem ser publicadas num blog. E minha mãe uma vez disse que não é bom falar muito das coisas boas porque atraem a inveja dos infelizes. Além disso, todo mundo sabe que a felicidade - ao menos para mim - não é sinônimo de inspiração. Com a chegada do meu aniversário e, consequentemente, o final do meu inferno astral de agosto, a felicidade retornou a esses pagos e pelo jeito ainda vai ficar por um bom tempo. Ou seja, total falta de assunto e muito sorriso no rosto.

Poderia falar de alguns filmes que vi ultimamente - por exemplo, Layer Cake e The 40 Year Old Virgin, excelentes. Poderia falar alguma coisa sobre as estréias das novas temporadas de Lost e The O.C., dos discos novos do Franz Ferdinand, do Ryan Adams, do Deep Purple, do Neil Young, do Nada Surf, da crise em Brasília, do Katrina, do referendo (meu voto é CONTRA). Enfim...

Continuo ligado no mundo e minha vida continua muito bem, inclusive com perspectivas de melhorar nos próximos anos. Meu ódio por algumas pessoas e por algumas instituições continua. Mas a verdade é que eu hoje acho bem melhor deixar as coisas ruins quietinhas no canto delas e aproveitar o que é bom, como um disco do Smiths ou um filme do Peter Sellers. Confesso que cogitei fechar esse blog e me encostar lá pelo milamori como colaborador, mas tenho um problema sério com rompimentos radicais. Cheguei a conclusão que a única coisa que me motivava a dar uma de crítico musical e cinematográfico era o fato de ver e escutar os lançamentos antes dos outros, mas hoje todo mundo tem banda larga e já descobriu como usar o BitTorrent. Além disso, descobri que escrevo muito mal, e se eu não sou o melhor em alguma coisa, prefiro me recolher ao meu canto e me resignar a minha insignificância.

Por isso, provavelmente esse blog não terá mais nenhuma resenha, ou comentário, ou egotrip. Não pretendo fechá-lo, mas talvez achar um novo formato que me tome menos tempo e menos trabalho mental. Talvez começar a escrever menos, fazer posts de duas linhas, listar os lançamentos e dar estrelinhas de cotação, sei lá... O mais provável é que eu coloque um aviso de proibido para menores de 18 anos e transforme num blog de putaria.

Só sei de uma coisa: entre a minha felicidade e a volta da inspiração decorrente da tristeza, fico com a primeira opção.

terça-feira, setembro 13

FESTINHA!


BLOG NOVO (NOVO?)

Ela voltou. Já estava parecendo o Guns n'Roses, mas agora parece ser para valer. A mulher mais linda e inteligente do mundo resolveu voltar à blogosfera, proporcionando a nós, mortais, um pouquinho do seu humor e de sua sabedoria. Veja mais em milamori.blogspot.com.

sexta-feira, setembro 9

AS CERTINHAS...


GUARDEM MINHAS PALAVRAS:

O funk carioca vai ser a próxima moda.


Já diz a musa Tati Quebra-Barraco, eu sou feia mas tô na moda. O funk carioca é feio, chulo e brega, mas está atravessando as fronteiras do Brasil e conquistando fãs lá fora. Já é até personagem da novela das oito! A diva M.I.A., com seu sucesso Bucky Down Gun, é uma das queridinhas das baladas indies mais descoladas e vai ser uma das atrações do Tim Festival em outubro. Daqui a pouco o Caetano Veloso lança um disco de funk com versões de voz e violão e todos os bacanas vão botar a mão no joelhinho e rebolar ao som do DJ Marlboro.

Eu, que já muito execrado por dizer abertamente que gosto de funk, vou ter finalmente a minha vingança...
JUDAS PRIEST E WHITESNAKE - GIGANTINHO - 06/09/2005

O heavy metal sobrevive, e muito forte. Foi o que deu pra ver na noite de terça no show que o Judas Priest e o Whitesnake fizeram aqui em Porto Alegre. Por mais que digam que o gênero perdeu força nos últimos anos, a verdade é que ainda o som pesado tem fãs, e muitos, diga-se de passagem. E não são aqueles remanescentes das saudosas décadas de 70 e 80, quando o HM era forte. Muitos adolescentes, com suas camisetas pretas e cabelos compridos, mantém viva a chama do rock. No Gigantinho era comum ver rugas e barrigas ao lado de rostos imberbes, todos cantando as letras em uníssono, como se fossem sucessos radiofônicos atuais. E todos esses boquiabertos pela chance de ver dois ícones do metal ainda em plena forma.

O Whitesnake abriu o show disposto a ganhar a platéia logo de cara. É notória a antipatia que alguns tem pelo vocalista David Coverdale pela postura de sex symbol adotada nos anos 80, a ponto de se esquecerem que Coverdale surgiu como vocalista do lendário Deep Purple nos anos 70. Para lembrar esse momento de sua carreira, a banda abriu o show com um medley de Burn/Stormbringer, dois clássicos do Purple. Daí em diante, foi um clássico atrás do outro: Bad Boys, Still Of The Night, Crying In The Rain, Slow An'Easy... Em Love Ain't No Stranger e Give Me All Your Love, deu pra ver que os comerciais do cigarro Hollywood, popularíssimos na década de 80, ainda estão presentes na mente dos trintões, que cantaram a letra inteira das duas músicas. Já em Is This Love, a platéia feminina veio abaixo. Como de costume, o Whitesnake está com uma formação diferente, mas a qualidade se mantém. Os guitarristas Reb Beach e Doug Aldrich fazem uma dupla muito competente, mas não o suficiente para fazer os fãs esquecer da dupla Adrian Vandenberg e Steve Vai, que gravou o álbum Slip Of The Tongue. Na bateria, Tommy Aldridge desafia o tempo e a idade mostrando que ainda tem a mesma energia dos tempos que tocava com Ozzy Osbourne. Em seu solo, Aldridge jogou as baquetas pra galera e terminou tocando só com as mãos, levando a platéia a loucura. Coverdale continua o mesmo. Sempre lembrando muito Robert Plant, na voz e nos trejeitos - por isso o apelido Coverplant - mas ainda assim, um frontman excelente e surpreendentemente simpático. Um grande show de uma grande banda, que por si só já valia o ingresso.

Mas a atração principal ainda estava por vir. O Judas Priest é um dos inventores do heavy metal, tanto pela sonoridade quanto pelo visual. E o que deu pra ver nas duas horas de show é que os mais de trinta anos de carreira não arrefeceram a energia tradicional da banda. No intervalo dos dois shows, o que a platéia se perguntava era "será que o Rob Halford vai entrar de moto no palco"? Não entrou, mas sua primeira aparição não foi menos bombástica, aparecendo num elevador no fundo do palco bem depois da entrada do resto da banda, vestindo uma capa de couro com detalhes em metal, exibindo sua careca tatuada e cantando Electric Eye com a voz potente de sempre. Claro que, ao se falar de Rob Halford, é impossível não fazer uma piada sobre a sua declarada homossexualidade, mas eu é que não vou fazer essa piada. O cara continua com a mesma pose de mau, mais macho que muito metaleiro por aí. O show do Priest foi igual ao que estamos acostumados a ver: o baixista Ian Hill paradinho no lado do palco, os guitarristas K.K. Downing e Glenn Tipton quase sempre em primeiro plano, entrosadíssimos e o baterista Scott Travis quebrando tudo lá atrás. Halford passeia com autoridade pelo palco e por duas passarelas laterais, (ainda) ensurdecendo a todos com seus agudos impressionantes. O show atinge o seu auge com a clássica Breaking The Law, berrada pela platéia. As músicas do disco novo, mesmo muito boas, deixam o pique cair um pouco, mas quando a banda toca Turbo Lover, a platéia levanta de novo (e dizer que essa música foi execrada quando do lançamento do disco Turbo, em 1986). Mais para o fim do show, a banda executa um clássico atrás do outro: Victim Of Changes, Exciter, Painkiller. Depois de uma pequena paradinha, o momento que todos esperavam: Halford entra no palco em cima da sua Harley para cantar Hell Bent For Leather. E com Living After Midnight e You've Got Another Thing Comin', o Judas encerra um show que certamente ficará guardado na memória dos 6.700 presentes, dando a certeza que o heavy metal está muito longe de acabar.
ABSURDOS QUE LI/OUVI NOS ÚLTIMOS DIAS

Uma das maiores - ou A maior - rebelde de boutique de Porto Alegre em seu fotolog, provando o rótulo dado:

"Para os hipócritas de plantão: porque não basta dizer que faz guerrilha, tem que mostrar a cara!!PORRA!!!]

Eu entrevistando o Sérgio Amadeu, Pres. do ITI.

Figurino: Ronaldo Fraga/Rouparia"


É isso aí! A rebeldia agora é pop, chique e usa griffes caras. Bem vindos ao século XXI.

Perguntado sobre quem ele achava um exemplo de rebeldia nos dias de hoje, um dos intelectualóides portoalegrenses radicado em São Paulo respondeu:

"Paris Hilton, porque ela dá pra todo mundo e não dá satisfação pra ninguém".

Partindo desse princípio, a maior rebelde do Brasil, na opinião do cara, deve ser a Preta Gil.

E ainda me perguntam porque eu ando de saco cheio desse povinho...

sexta-feira, setembro 2

AS CERTINHAS...


MORTE!

Morte aos salames, aqueles que nunca se comprometem, que posam de bonzinhos, que não contestam nada, que dão o tapa e escondem a mão. Morte aos falsos intelectuais, os insignificantes que acham que suas opiniões vão mudar a vida de alguém, que se julgam o supra-sumo da cultura e o último grito de qualquer assunto. Morte aos nerds revoltadinhos, que auto-justificam seu fracasso social atrás de uma falsa opção de vida, que dariam um dedo para serem bonitos e bacanas mas desdenham quem o é. Morte aos falsos profissionais, que acham que o autodidatismo é a mesma coisa que experiência e formação. Morte aos cineastas brasileiros incompetentes, que culpam a burrice do público pelas más bilheterias de seus filmes, como se todo mundo gostasse de pagar para ver um filme ruim. Morte aos jogadores de futebol, que ganham rios de dinheiro para fazer bem o que muitos pagam para fazer mal, e não conseguem acertar uma bola num quadrado gigantesco. Morte às corporações, que nos empurram seus produtos mal feitos como se fossem imprescindíveis e depois simplesmente ignoram nossas reclamações, nos tratando como realmente somos, joguetes. Morte às mulheres caça-dotes, que traem o marido com o primeiro pedreiro bem-dotado que aparece. Morte aos maridos hipócritas, que procuram fora de casa o que a esposa está louca para dar e não o faz por sua própria incompetência e falta de interesse. Morte aos publicitários mortos de fome que acham que são grande coisa com suas roupinhas da moda, que comem feijão frio e arrotam caviar. Morte aos médicos desinteressados, que tratam a saúde como fonte de renda, que deixam de atender quem precisa, que tratam seus pacientes como gado. Morte aos professores arrogantes, que estão pouco se lixando com os alunos, que se preocupam mais com uma pseudo-fama acadêmica do que com o fruto de seu trabalho. Morte aos políticos e á democracia, já que não sabemos como lidar com eles. Morte ao povo ignorante sem memória, que acredita em tudo que a mídia fala, que troca seu voto por uma cesta básica ou por um sub-emprego. Morte aos saqueadores de New Orleans, que se aproveitam da desgraça alheia. Morte aos puxa-sacos. Morte aos gays enrustidos. Morte aos homofóbicos. Morte aos gays que desdenham de quem não tem a mesma opção sexual que eles. Morte aos racistas, negros e brancos, que não se deram conta que estamos no século XXI e já não existe uma raça totalmente pura. Morte aos pedófilos e estupradores. Morte aos defensores dos direitos humanos dos criminosos e não das vítimas. Morte aos que acham que o desarmamento vai acabar com o crime. Morte aos funcionários públicos que não fazem nada além de bater o ponto e encher o saco com greves e mais greves. Morte aos aspones. Morte ao sexo de pau-mole do Sexytime, tão excitante quanto uma banana de plástico. Morte aos órgãos de defesa do consumidor, que aceitam suborno das grandes empresas para abafar os abusos. Morte aos advogados picaretas, que defendem quem paga mais e não quem é injustiçado. Morte a quem escreve "naum". Morte aos blogueiros, com suas opiniões inócuas e com suas frases mal feitas, que entopem a internet e a cabeça dos incautos com idiotices.

Eu estou indignado. Com tudo. Até comigo.
NÃO PERCA!!!!



THE 4400 - 2° TEMPORADA!


No último século, milhares de pessoas desapareceram. Quando um cometa muda de rota, vindo em direção a Terra, a extinção do ser humano parece eminente. Países de todos os cantos do planeta lançam mísseis nucleares na esperança de destruir o cometa, mas inexplicavelmente os mísseis não fazem efeito pois não era um cometa. A bola de luz entra na atmosfera e quando tudo parece estar acabado, a luz reduz a velocidade e toca o chão. Logo depois, a luz diminui em um ponto intenso até explodir, deixando 4400 pessoas. Todas essas pessoas estavam desaparecidas, algumas há meses, outras há mais de 50 anos, e nenhuma envelheceu nem um dia. Todos os que retornaram ficaram em quarentena, receberam uma pulseira de identificação e eventualmente iam voltando para suas famílias.

A série gira em torno da vida de algumas dessas 4400 pessoas que retornaram e agora tem de retomar a sua vida interrompida. Logo após serem liberados, alguns dos que retornaram começam a experimentar novas e inexplicáveis habilidades. Está nas mãos de Tom Baldwin e Diana Skouris, dois agentes, descobrir o mistério por trás dos 4400.


É o seguinte, pessoal: eu acabei de ver a 2° temporada e posso afirmar que a série é ESPETACULAR! Pra quem gosta de suspense e ficção científica, The 4400 é um prato cheio. A primeira temporada passou no Universal Channel ano passado no Brasil, sem muito alarde - quem perdeu pode comprar o box que já está em pré-venda no Submarino. Já a 2° estréia agora dia 09 de setembro, às 23hs. Repito, vale a pena conferir. Se você é como eu, alguém que conta os dias até a estréia da nova temporada de Lost, aí está uma boa idéia para passar o tempo. O único problema é a grande chance desse passatempo virar um novo vício...

quinta-feira, setembro 1

AS CERTINHAS...


A PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR:

O que é pior: ser um puxa-saco, querido por todos e cheio do dinheiro ou um autêntico que sempre quebra a cara por não ter papas na língua?

Num mundo perfeito, certamente seria a primeira opção.

Mas não vivemos num mundo perfeito...

P.S.: A merda é sempre a mesma, só muda de endereço...
POST COMEMORATIVO

Enfim, agosto acabou. Cachorro louco é pouco. Certamente esse agosto foi um dos piores que eu já tive na minha vida. Simplesmente nada deu certo. Pra se ter uma idéia, teve um dia que eu acordei e, em apenas duas horas, eu detonei com meu HD - que teve que ser formatado posteriormente - tive que tomar banho frio porque a bomba d´água do prédio estragou e quebrei a chave do carro. Isso sem contar na morte do cachorro que estava a 13 anos na família e de um dos melhores amigos da minha mãe. O engraçado é que eu achava que era só comigo, já que estou no chamado "inferno astral" que antecede meu aniversário, mas a opinião é geral, agosto foi ruim para todo mundo que eu conheço. Por isso, que venha setembro com boas notícias e muita felicidade...
RAPANDO AS FICHAS

Não adianta. Ainda a melhor banda de rock - rock mesmo, aquele... - do mundo é o Rolling Stones. Mick Jagger e seus companheiros desafiam a idade e mostram que só mesmo a morte vai fazer com que os vovôs parem de tocar e criar. Enquanto a grande maioria de seus contemporâneos morreram, se aposentaram ou vivem do passado, os Stones se renova a cada disco. O novo disco. A Bigger Bang, é talvez o melhor deles desde os anos 70. Enquanto os anos 80 e 90 mostraram uma banda preocupada em flertar com a "modernidade" - principalmente nos álbuns Dirty Work e Voodoo Lounge - o novo disco remete aos melhores momentos da banda nos anos 70, tanto na sonoridade quanto na pegada. Pra ser mais exato, as canções de A Bigger Bang lembram muito o Stones de discos como Sticky Fingers e, principalmente, Exile On Main Street. O disco começa com uma paulada de cara, Rough Justice. Crua e pesada, é a nova Brown Sugar. O pique rock'n'roll continua até a quinta faixa, Streets Of Love, uma linda balada que já está tocando nas rádios. Logo a seguir, Back Of My Hand mostra que o Stones ainda é aquela banda de blues que já nos proporcionou maravilhas como Little Red Rooster e Love In Vain. Claro que, como em qualquer bom disco do Stones, não poderia faltar a voz de Keith Richards em uma faixa, no caso, This Place Is Empty, bem ao estilo do guitarrista: lenta e melancólica. Quando parece que os velhinhos entregaram os pontos e baixaram a bola com uma balada atrás da outra, eis que vem mais um rockão de primeiríssima, Oh No, Not You Again. As músicas seguintes destoam um pouco do resto do disco, tanto em qualidade quanto em energia, mas ainda dá pra considerar a levada diferente de Look What The Cat Dragged In. Mesmo decaíndo no final, A Bigger Bang ainda pode ser considerado um grande disco, certamente um dos melhores do ano, um exemplo de que qualidade não tem idade. O disco vai ser lançado mundialmente no dia 5 de setembro, mas já pode ser facilmente encontrado por aí, se é que vocês me entendem...


Cada vez mais, a melhor banda de ROCK do mundo

quarta-feira, agosto 24

AS CERTINHAS...


GOOGLE TALK

E o Google continua sua empreitada rumo ao domínio mundial. Depois do orkut e do gMail, os caras lançaram agora o Google Talk, um instant messenger para competir com o MSN, bem mais leve e eficiente, como todos os produtos Google. Ainda está em fase de testes, mas quem tem gMail já está previamente cadastrado. Faça o download aqui.

Bill Gates tem mais um motivo para não dormir a noite...
LOS HERMANOS - 23/08/2005 - OPINIÃO - PORTO ALEGRE

Sem nenhum tipo de protecionismo à uma das melhores bandas do Brasil, senão a melhor: o show foi uma DROGA! Em duas horas de apresentação, o Los Hermanos deu pano pra manga para aqueles que os tacham de chatos. Eu sei que eu disse que o Quatro era o disco mais rock'n'roll dos caras - o que, agora formalmente, retiro - mas isso só serve para duas músicas, O Vento e Horizonte Distante. Por sinal, as duas únicas músicas do novo disco que levantaram a platéia no show dessa terça-feira. Na verdade, colocando as músicas do Quatro ao lado das dos outros discos, se vê que esse é o disco mais fraco dos cariocas, ao menos ao vivo. O Los Hermanos tocou todo o novo disco, e o que deu pra ver é que os únicos aplausos que puderam ser ouvidos nas novas músicas foram daqueles que os consideram o "novo Legião Urbana", e religião não se discute. Sem puxação de saco, a verdade é que, ou param de chamar o Marcelo Camelo de "Edu Lobo da Maria Rita", ou o próximo show do Los Hermanos vai ser mais uma daquelas picaretagens que rolam no Teatro do SESI e cobram R$ 100,00 por ingresso. Tomara que o "Cinco" seja menos preguiçoso e menos MPBístico, em nome do rock'n'roll.

Ao menos deu para ouvir clássicos como Todo Carnaval Tem Seu Fim, A Flor, Retrato Pra Iaiá, Sentimental, Cara Estranho e Além do Que Se Vê, as que realmente levantaram a platéia, como sempre.

E, pelo que parece, os indies de butique gastaram toda a mesada no show do Placebo e não apareceram. Em compensação, toda a UFRGS estava lá, pelo que pode se ver pela quantidade de bolsas de estopa e camisas de flanela. Outra tribo presente em massa foi a das Camilinhas, as tais Patricinhas "alternativas". Se isso não serve de sinal que o Los Hermanos deve rever a sua carreira...

Dia 6 de setembro: JUDAS PRIEST E WHITESNAKE. ROCK'N'ROOOOOOOLLLLLLL!!!!

domingo, agosto 21

TERMINEI...

... O Código da Vinci. Atrasado, sim. Quase um ano depois do estouro do livro nas livrarias, eu venci o preconceito que eu tinha, já que esse tipo de literatura não é a que mais me agrada. Geralmente eu prefiro não-ficção, pois a maioria dos romances que eu li não conseguiram prender minha atenção até o fim. Porém, O Código da Vinci é perfeito nesse sentido. O suspense é do início ao fim, não fazendo de nenhuma das mais de 400 páginas, supérflua. E a história - de certa forma familiar para mim já que conheço bastante do assunto - é contada de forma tão realista que não conseguimos distinguir o real do ficcional. Não é a toa que o livro bateu todos os recordes de vendagem. Em resumo: NÃO DEIXE DE LER.

Agora é só esperar que o filme seja tão bom quanto o livro. O time reunido promete: Tom Hanks, Audrey Tautou, Alfred Molina, Ian McKellen e Jean Reno, dirigidos por Ron Howard. A estréia está marcada para o dia 19 de maio de 2006.

sábado, agosto 20

TRILHA SONORA DO FIFA 2006

Mais uma vez, a EA Sports manda muito bem na trilha do FIFA. Na edição de 2006, o jogo traz na sua trilha sonora várias bandas legais de todos os lugares do mundo. Tem desde a Inglaterra até Gana, incluindo o Brasil, com Carlinhos Brown, boTECOeletro e Marcelinho da Lua. Os filés dessa edição são os ingleses Bloc Party, Hard-Fi e The Rakes e o norueguês Röyksopp. Veja a lista completa e corra para os p2p. Dá um CDzinho dos mais bacanas...

3D Voz - Fiesta
AK4711 - Rock
ATHENA - Tam Zamani Simdi
Bloc Party - Helicopter
Blues Brother Castro - Flirt
boTECOeletro - Coco Nutz Mass
Boy - Same Old Song
Carlinhos Brown & DJ Dero - Nabika
Damian "Jr. Gong" Marley - Welcome To Jamrock
Dogs - London Bridge
Doves - Black and White Town
Duels - Potential Futures
Embrace - Ashes
Hard-Fi - Gotta Reason
Jamiroquai - Feels Just Like it Should
Kaos - Now and Forever
Kinky - Coqueta
K'naan - Soobax
KYO - Contact
LCD Soundsystem - Daft Punk Is Playing At My House
Linea 77 - Inno All'Odio
Mando Diao - God Knows
maNga - Bir Kadin Cizeceksin
Marcelinho da Lua - Tranqüilo
Nine Black Alps - Cosmopolitan
Oasis - Lyla
Paul Oakenfold - Beautiful Goal
Röyksopp - Follow My Ruin
Selasee - Run
SoShy - The Way I
Subsonica - Corpo a Corpo
Teddybears Sthlm - Cobrastyle
The Departure - Be My Enemy
The Film - Can You Touch Me
The Gift - 11.33
The Gipsys - La Discoteca
The Rakes - Strasbourg
Vitalic - My Friend Dario
Yerba Buena - Cityzen Citysoy

(cortesia do Judão)

sexta-feira, agosto 19

AS CERTINHAS...



BÔNUS: Todas as fotos da Keyra Agustina. O quê? Você não sabe quem é?
Para fazer o download é só clicar em Free e esperar aparecer o link na página que abrir.
ELE FEZ O IMPOSSÍVEL!

Muricy Ramalho fez o que parecia impossível: virar a gangorra Gre-Nal no ano em que o Grêmio está na Segundona. FICA MURICY!!!!

Eu até já estou achando o Mano Menezes um bom técnico...
GRAMADO

Eu realmente não faço questão de ver nada que está acontecendo no Festival de Gramado, em termos de cinema. Há muito tempo que o Festival não mostra nada que preste. Na verdade, ele é apenas um motivo para o povinho cinemístico e as tietes patricinhas intelectualóides se encontrar, beber e festear, mas traz muito pouco da qualidade do cinema nacional.

Mas ainda assim, o Festival é bacana. Dá pra dar muita risada ao ver que o melhor filme apresentado foi o "épico" 2 Filhos de Francisco. Pena que não está concorrendo, senão ia ser mais engraçado ainda. Imaginem a cara dos intelectuais cinemeiros ao perder para a cinebiografia do Zezé de Camargo e Luciano, hehehe...
REFORMA POLÍTICA

Enquanto isso, Brasília continua a nos fazer de bobos. Não, não estou falando de todas essas denúncias recentes de corrupção. Estou falando do trabalho do Congresso Nacional, que continua, porém, sem a atenção da mídia. Um dos assuntos mais importantes que estão sendo debatidos neste momento é a mudança das regras políticas à partir da próxima eleição. De acordo com o projeto de lei que está sendo discutido no Congresso, um dos pontos principais é a redução do custo das campanhas políticas para diminuir o risco de "caixas 2". A proposta, de autoria do senador Jorge Bornhausen (PFL-SC), proíbe a realização de comícios com artistas e músicos, limita os programas de TV e rádio à fala dos candidatos, sem produção ou cenas externas, e veta a distribuição de brindes, entre outras medidas.

Essa proposta leva a uma discussão profunda, além da demagogia rasa inerente à ela. Nos últimos pleitos, a campanha política de TV se tornou um grande show de imagens, com produções ditas caríssimas, cujas contas se tornaram um filé no mundo publicitário - só pra constar, o motivo de Marcos Valério ser avalista de empréstimos milionários ao PT, segundo Delúbio Soares, era para ter a conta das campanhas eleitorais do partido. Por isso, e só por isso, pode parecer que está aí a principal via de corrupção eleitoral. Mas a verdade não é essa.

Coibir efeitos especiais, limitando os programas ao candidato no estúdio e proibindo cenas externas é apenas uma forma burra de moralizar e baratear as campanhas políticas. Ora, os programas políticos já são considerados, pela maioria da população, chatos. Imaginem se eles se resumirem a apenas longos e morosos discursos de candidatos. Para um povo acostumado a ver novelas e filmes de Hollywood, e pouco motivado a se informar sobre o processo eleitoral, é mais que motivo para afastar ainda mais o povo de um aspecto tão importante das nossas vidas como cidadãos. Se o povo quer "pão e circo", que o tenha. Ao menos chama a atenção.

Quanto maior a dificuldade de quantização dos materiais de campanha, maior a chance de ocorrer lavagem de dinheiro. Valores podem ser inventados para fechar caixas escusos. No caso da produção dos programas de TV, é bem mais difícil. O produto está ali, para todo mundo ver e contar, se preciso. Os valores cobrados são proporcionais à quantidade de trabalho e ao risco de inadimplência dos partidos - alguns partidos são célebres devedores de campanha. Os profissionais envolvidos, na maioria das vezes, cobram cachês similares. E, por fim, com a tecnologia de hoje, com equipamentos baratos podem ser feitos efeitos especiais de alto nível. O único diferencial, entre uma campanha e outra, é apenas o talento e a competência dos profissionais envolvidos. O dinheiro conta pouco, nesse caso. Geralmente, os profissionais envolvidos em produção e criação de video, já estão acostumados a tirar "leite de pedra" com pouca verba. Mas se ainda assim, a criação tiver limites, fica mais difícil.

A reforma política que o Brasil precisa não é essa. O povo, mesmo com 20 anos de democracia, ainda não aprendeu a votar. Ainda não aprendeu que votar no candidato a presidente de um partido e no deputado de outro só traz problemas como mensalões, onde o Poder Executivo se vê pressionado a pagar o voto de deputados de aluguel para poder aprovar suas medidas de governo. Voto em lista, fidelidade partidária e transparência no financiamento são muito mais importantes do que limitar as cores dos programas. Tirar o povo da frente da TV não é a maneira correta de melhorar nossa democracia, pelo contrário. Os programas de TV, do jeito que estão, mobilizam a população e inserem até aqueles mais céticos no processo eleitoral. Tirar o pouco de emoção dos programas eleitorais é a mesma coisa que colocar apenas pernas-de-pau a jogar e achar que, mesmo assim, os estádios de futebol continuarão cheios.

quinta-feira, agosto 18

AS CERTINHAS...


TUDO AO MESMO TEMPO AGORA

- Já estou com o meu ingresso para o show do Los Hermanos, terça-feira, dia 22, no Opinião. Alguém vai? Podemos combinar de ir todo mundo junto, que tal?

- Você que, como eu, não foi pra Gramado, pode acompanhar o especial do clicRBS, principalmente o Fotolog da Camila, com fotos dos bastidores do evento. Sim, ela mesma, minha excelentíssima namorada, dando uma de paparazzi em Gramado, hehehe. Afinal de contas, o melhor de Gramado é mesmo a agitação, porque os filmes, pelamordedeus!

- O podcast está demorando um pouco pra sair por pura falta de disposição - vide o post abaixo. Mas já está tudo encaminhado. As músicas estão separadas e o roteiro está ok. Só falta mesmo um pouco de animação pra gravar as locuções. Mas vai sair, com certeza...

- Alguém viu minha irmãzinha no Fantástico domingo? Ela apareceu numa matéria sobre os adolescentes que crescem antes dos outros. Legal, né? Com certeza, apesar dos pedófilos que apareceram no scrap dela passando cantadas. Tem um de Passo Fundo que tem 23 anos e tem até namorada! Claro que esse doente já foi devidamente avisado...

- É impressão minha ou depois que apareceram nomes da oposição envolvidos nas denúncias de corrupção, a coisa deu uma esfriada? Vamos parar de hipocrisia! Para punir todos os corruptos, é só passar a chave no Congresso com todo mundo dentro e colocar a placa de "CADEIA" na frente. Cada vez mais eu acredito que tudo isso não passa de uma reles jogada para enfraquecer o presidente Lula na eleição do ano que vem. Ninguém importante vai ser punido e tudo vai acabar em pizza. Eu só tenho pena dos pobres coitados que tentam ser os novos "caras-pintadas", seguindo à risca o que a Veja e a Globo mandam. Quem acredita e gosta do Diogo Mainardi não pode ter o meu respeito. Mas realmente, o que me enoja é a falta de memória do populacho, que esquece que apenas 3 deputados obscuros do Acre foram cassados por receberem dinheiro para votar a favor da emenda da reeleição de FHC. Que Roberto Jefferson era da brigada pró-Collor e agora é apontado por alguns como o paladino da moral política brasileira. A falta de memória brasileira também proporciona fatos, no mínimo, engraçados. Alguém viu o Marcelo D2 numa propaganda do dia dos pais? Pois é, ele mesmo, aquele que já foi preso por apologia as drogas, agora é pai modelo. Um conselho: pense com sua própria cabeça. Não seja "Maria-vai-com-as-outras". E não esqueça do que aconteceu no passado.
INFERNO ASTRAL

Será que apenas no meu 32° agosto vou conhecer o que chamam de "inferno astral", aquilo que chamam o mês que antecede o aniversário? Não que tudo esteja dando errado, mas nos últimos dias ando de saco cheio com alguma coisa que não sei bem o que é. As pessoas à minha volta notam na minha cara e na minha voz que algo está errado. "Fabian, o que tu tem nos últimos dias, tô te achando meio estranho". É verdade, eu tô meio estranho mesmo. E não tenho a menor idéia do que seja. A única coisa que sei é que acaba dia 12 de setembro. Que chegue logo esse dia...

terça-feira, agosto 9

AGUARDEM. EM BREVE...


pODCASTiSbLISS


Sim, eu também aderi à nova onda internética. Já está em fase final a produção do meu podcast. A idéia é que seja semanal e que tenha a salada de sempre: cinema, variedades, música, besteiras, egotrips, opiniões... Enfim, tudo que vocês estão acostumados a ler no iGNORANCEiSbLISS, só que numa versão em áudio. Acredito que até o final de semana esteja tudo pronto. O problema é ter cara de pau suficiente para soltar minha voz pra todo mundo ouvir, hehehe...

Enquanto isso, vocês já podem ir se preparando. Aqui tem um texto bem interessante descrevendo o que é um podcast e aqui vocês podem fazer o download do iPodder, programinha para gerenciar seus podcasts.
O TEMPO PASSA...

Eu sempre falo para o meu irmão mais novo: nunca avacalhe aquela sua coleguinha feinha porque ela pode se tornar uma gostosa. Imaginem o que devem estar pensando os coleguinhas dessas meninas abaixo.


domingo, agosto 7

TEM CORRUPTO EM TRAMANDAÍ

Corruptos à venda em Tramandaí. Dizem que é a melhor isca pra pescar lulas...



MAS QUE RICA FALTA DE LAÇO!

Sasha Meneghel, a filha da mãe, mostrando que não tem muita paciência com os "baixinhos".

Na minha terra, criança mal-educada só faz malcriação uma vez...

domingo, julho 31

AS CERTINHAS...


FRASE DO DIA, FRASES DA VIDA E ALGUNS POSTS CURTINHOS

"Pior que um intelectualóide famoso só um intelectualóide obscuro"


- Puta que pariu! É de lascar ver uma pessoa tentando de todos os modos ser mais um "descoladinho da Estrela", dizendo que "eu sou isso, aquilo, aquele outro" e assumindo aquele ar blasé-arrogante que não convence ninguém com três ou mais neurônios. Por favor, se eu ficar assim, me avisem. Nada pior que pedir pra ser bacana...

- Meu time atual (Inter de Milão) na Master League do Winning Eleven 8: Toldo, Cannavaro, Stam e Materazzi; Beckham, Recoba, Zidane, Kaká e Ronaldinho Gaúcho; Ronaldo (Adriano) e Henry. Não tem mais graça, hehehe

- Descobri que a segunda frase que rege minha vida - a primeira é a que dá o nome a esse blog, é claro - é "podia ser pior". Pode até virar um joguinho. Desafio qualquer um a citar uma situação que eu vou lá e digo que podia ser pior. A terceira frase é "move your motherfuckin' ass". Nâo tem nenhuma importância, a não ser que seja dita com sotaque nigga pra encher o saco da namorada, hehehe...

- Estou ouvindo o excelente disco Red Hot + Blue, antigo pra dedéu, mas bom demais. Pra quem não sabe ou não lembra, é um tributo ao Cole Porter com versões feitas por David Byrne, Annie Lennox, Neneh Cherry e U2, entre outros, cujo dinheiro da venda ajudava as vítimas da AIDS lá pelo início da década de 90. A melhor música, disparado, é Night And Day na versão do U2. O que o Bono faz nessa música arrepiaria até Frank Sinatra. Pra quem, como eu, acha Cole Porter um gênio, vai também a dica do filme De-Lovely, com Kevin Kline fazendo o papel do compositor. Muito bom!

- Na minha última experiência como DJ, me disseram que os anos 80 estão saíndo de moda, e que agora o tchan (ui!) é o revival dos anos 90. Putz! O que tem de bom nos anos 90 e que possa ser tocado em festas? Sinceramente, não lembro. O que a década passada teve de bom no rock o pop teve de ruim. Ao menos numa festa 80's dá pra tocar Smiths, New Order, Depeche Mode que são bons e o povo dança. Numa festa 90's não dá pra tocar Creep, né? Esses dias eu li na coluna do Lúcio Ribeiro que na Europa a moda são as festas "anos 2000", um "revival" de Strokes e cia.. Pelo andar da carruagem, lá por 2010 a moda vai ser o revival do ano 2009, até que em 2011 a coisa embolará de tal forma que ninguém mais vai conseguir reciclar nada. Ao menos os artistas vão ter que se coçar e trabalhar um pouco, em vez de apenas reciclar o que já foi feito. Eu, particularmente, acho que a última década original na música é a de 80. Ou você não acha que a década de 90 já é uma reciclagem dos anos 70?

- QUE BAITA FIM DE SEMANA, TCHÊ! Começou na sexta com o show da Máquina Tricolor, metendo quatro no glorioso São Raimundo. Depois um sábado e um domingo com sol, calor na medida certa e toda a família - a minha e a da patroa - reunida numa churrascada em plena praia de Imbé. E eu ainda chego em casa e recebo o e-mail de um dos meus melhores amigos de infância que eu não vejo há uns 20 anos. Como diz a propaganda do Mastercard: não tem preço.

- Pra terminar, um pedido: eu queria saber quem são os 27 heróis que entram nesse blog por dia. Então, se você ler esse post e tem o hábito de passar por aqui vez em quando, não se acanhe. Deixe um oi nos comments, ok. Fica o meu agradecimento e meu abraço de coração.

quinta-feira, julho 28

SAIU! LOS HERMANOS NOVO!!!!



Depois de dois anos de espera, finalmente saiu o novo disco dos Los Hermanos, Quatro. Este trabalho se diferencia dos demais pela pouca presença de metais, mas por sua vez tem a presença de teclados moog e muitos efeitos de estúdio que lembram Beatles na fase Sgt. Peppers e Mutantes. O som da banda está (um pouco) mais modernizado e as letras estão mais introspectivas, deixando de lado um pouco a melancolia romântica que estamos acostumados a ver. A grosso modo, pode se dizer que o sambinha foi deixado de lado e a banda está mais voltada ao post-rock. As influências mais identificáveis são Radiohead e Wilco. Algumas faixas se destacam à primeira audição: O Vento (a faixa de trabalho, talvez a que tenha mais potencial radiofônico desde Anna Júlia), Horizonte Distante (a música mais rock'n'roll do disco, com direito até a solo de guitarra) e Os Pássaros (climão psicodélico com vários efeitos de estúdio, pra ouvir com as luzes apagadas). Por enquanto, achei do mesmo nível do Ventura e do Bloco do Eu Sozinho, mas como todo disco do Los Hermanos, acho que vou gostar mais com o tempo. Ao menos a espera acabou...

Ah, e a turnê do novo disco vai passar por Porto Alegre nos dias 23 e 24 de agosto. Se liga!

terça-feira, julho 26

AS CERTINHAS...


NOVO MASCOTE

Quem prestou atenção nos últimos dias, viu que o logo desse blog mudou. Saiu Johnny Bravo e entrou Marvin, o andróide paranóide do Guia do Mochileiro das Galáxias. Ninguém melhor que ele pra exemplificar o conceito de ignorance is bliss, não acham? Quem viu o filme ou leu os livros de Douglas Adams, sabe que Marvin é um robô extremamente triste por sua capacidade ser subutilizada. Conforme suas próprias palavras, "o que adianta ter o cérebro do tamanho de um planeta e ser usado para tarefas banais como abrir portas e escoltar passageiros clandestinos". Certamente, se fosse um robô menos capaz, Marvin seria bem mais feliz. Mesmo assim, depressivo e mal-humorado, Marvin ainda é o personagem mais divertido da saga de Douglas Adams.

Mas a escolha de Marvin também tem um fator pessoal. Não que eu seja depressivo, mal humorado ou que tenha o cérebro do tamanho de um planeta. Apenas estou me achando meio subutilizado nos últimos tempos.

Tomara que mesmo assim, eu continue sendo divertido...
BELAS BOBAGENS DE HOLLYWOOD

O bom cinema não vive só de cabecices. Cinema antes de mais nada é sinônimo de entretenimento, e o verão americano é a época propícia para filmes desse tipo. Entre muitas besteiras, alguns até se salvam. Não que sejam filmes que vão mudar a nossa vida, ou que nos façam tecer elocubrações sobre a nossa existência, ou qualquer coisa do gênero, mas sim, vão simplesmente nos fazer dar boas risadas. Wedding Crashers (David Dobkin, EUA, 2005) e Fantastic Four (Tim Story, EUA, 2005) são dois filmes que cumprem muito bem esse papel.

Fantastic Four é o concorrente marveliano de Batman Begins, filme da concorrente D.C. Comics. Dessa vez a história se inverteu: Batman é um dos melhores filmes de super-herói já feitos e colocou a D.C. em pé de igualdade com a Marvel. Porém, não quer dizer que F4 é um filme ruim. É um bom filme. Raso, infantil, mas divertido. Desde que Hollywood começou a lançar um filme de super-herói atrás do outro, eu esperava ver um filme do Quarteto, e não me decepcionei. A história da origem dos heróis está um pouco diferente da versão dos quadrinhos, já que nos quadrinhos Victor Von Doom não participa da viagem ao espaço junto com a equipe de Reed Richards, mas isso até que funciona no filme, ajudando a caracterizar a transformação do milionário latveriano no terrível Dr. Destino. Quanto à falta de maiores aprofundamentos na questão psicológicas dos personagens, vale lembrar que, ao contrário de outros heróis como o Demolidor e Batman, o Quarteto Fantástico dos quadrinhos sempre foi bem mais leve que os demais, focando suas histórias pura e simplesmente na ação. Nesse ponto, o filme também é totalmente coerente, já que se preocupa mais com a ação do que com a emoção. E a ação é de primeira linha, principalmente pela empolgante luta final, quando o Quarteto trabalha pela primeira vez em equipe, tal como nos quadrinhos. O filme peca apenas em algumas escolhas. Tim Story mostra que não é ainda um diretor à altura de um filme como esse, demonstrando falta de ritmo em algumas partes do filme. Ioan Gruffudd faz um Reed Richards meio abobalhado, hesitante, bem diferente do grande líder que estamos acostumados nos quadrinhos. E - não acredito que falarei isso, mas... - Jessica Alba não deveria estar nesse filme. A Sue Storm que conhecíamos não era, nem de longe, parecida com Alba. Sue era sexy, mas numa linha mais madura, mais clássica, bem diferente do estilo gostosa-latina de Alba. Isso sem contar que Jessica Alba é uma atriz que, pela sua falta de talento, deve ser usada como em SIn City: pouca roupa e poucas falas. Em compensação, a dupla Chris Evans (Juhnny Storm - Tocha Humana) e Michael Chiklis (Ben Grimm - O Coisa) garantem a diversão; e Julian McMahon (Victor Von Doom - Dr. Destino) não poderia ser um vilão melhor, já que desde sua primeira aparição já conquista a antipatia da platéia. Enfim, se você também acha que cinema é diversão, F4 é um bom programa.

Wedding Crashers é a novo trabalho do grupo de novos comediantes americanos conhecido por Frat Pack, formado por Vince Vaughn, Will Ferrell, Ben Stiller e os irmãos Owen e Luke Wilson. Nesse filme, Vaughn e Owen WIlson fazem uma dupla de escroques que entram de penetras em casamentos apenas para conquistar garotas. Suas vidas vão bem até que Wilson se apaixona pela irmã da noiva de um dos casamentos, que vem a ser a filha de um político tradicional. Daí em diante, confusões em cima de confusões fazem com que a platéia role de rir, principalmente pelo romance nada tradicional entre Vince Vaughn - O CARA! - e a louquinha Gloria (Isla Fisher). Uma comédia romântica totalmente machista, cheia de mulheres lindas e seminuas e politicamente incorreta e, justamente por isso, de rachar o bico. O filme está estourando nas bilheterias americanas e a dupla está sendo comparada a Dean Martin e Jerry Lewis (na minha opinião, nada a ver). Pra quem - como eu - gosta dos outros filmes da Frat Pack como Dias Incríveis e Dodgeball, Wedding Crashers é diversão garantida.


Jerry Lewis, Dean Martin e Os Incríveis

quinta-feira, julho 21

AS CERTINHAS...


DJ FABIAN

Pois é. Estou famoso. Minha carreira de DJ está crescendo astronômicamente. Sábado terá outra festa onde irei demonstrar meu talento nos CDJs. Já está ficando difícil arranjar datas na minha agenda. As pessoas já me reconhecem na rua. Minha caixa de e-mail está abarrotada de convites para festas. Um inferno!

Acho que vou aproveitar essa boa fase para ganhar algum dinheiro. Talvez começar a promover minhas próprias festas, cobrar por aparições públicas, sei lá. Se é chato ser famoso, que ao menos dê dinheiro.

(Esse post é piada interna, atendendo a pedidos...)
CPI I

Todo brasileiro que se presta a ler as notícias e que é interessado em política - dever de todos nós - sabe que o jogo político é sujo e mentiroso. Isso já se banalizou. Todos os partidos fazem e não é de hoje. E pior, todos os governos fazem e fizeram até hoje. A democracia, tão pouco praticada no Brasil nas décadas de 60 e 70, rendeu frutos podres nas décadas seguintes. Nossos políticos não tem nem a chance de serem honestos, sob pena de serem crucificados pelos colegas corruptos que ingressam na vida púiblica pensando apenas em encherem seus bolsos com o dinheiro de todos nós. Isso é fato e é muita ingenuidade pensar que não acontece. Porém, a política faz parte da vida plena de todo cidadão, e se a corrupção é inerente à essa política, temos que saber lidar com isso. Claro que não temos que ser coniventes, mas tentar descobrir maneiras de evitar que essa corrupção comprometa o bom andamento dos governos.

Meu pai teve uma breve passagem pela política Essa passagem foi interrompida pela opção que fez em não se vender à desonestidade para progredir na carreira política. Me lembro de suas palavras até hoje: "para se dar bem na política é preciso ser desonesto". Eu tinha por volta de 12, 13 anos, e já me interessava pelo assunto. Como todo adolescente do fim da década de 80 e começo da de 90, acabei me tornando petista, principalmente por ver o que estava acontecendo em Porto Alegre, capital pioneira em administrações populares. Lula se tornou meu grande ídolo político. Eu tinha uma visão ingênua de que o PT era um partido santo no meio de partidos ladrões. Nunca passou pela minha cabeça a idéia de ver meu partido envolvido em qualquer denúncia de corrupção.

Há uma frase que diz que "ser de esquerda aos 20 anos é idealismo, aos 30 é burrice". Eu contrario essa frase. Continuo idealista e de esquerda até hoje. Porém, antes que me chamem de burro, eu aprendi a diferenciar o joio do trigo. Aprendi que num partido, nem todos são honestos ou desonestos. Não dá pra generalizar tipo "o PT é honesto, o PFL é desonesto". Os partidos são feitos de pessoas, e as pessoas são diferentes. Descobri que a escolha de uma corrente política deve ser feita pelas suas propostas e ações quando estão no governo. Durante muito tempo fui oposicão, mas em nenhum momento achei que o Lula, quando ganhasse, deveria romper com tudo e governar á sua maneira. Por isso acho que o governo quase neoliberal que ele está fazendo está muito bom. Os resultados estão aí para todos verem. A economia cresceu, o Brasil está sendo visto com bons olhos no mundo inteiro, as ofertas de emprego estão voltando a aparecer... Porém, o preço de tudo isso é ter que lidar com um Congresso Nacional corrupto em sua essência, que coloca um preço em seus votos sob pena de tornar o país ingovernável.

Por tudo isso, acho que estamos vivendo um momento de ouro na formação da democracia brasileira. Tudo isso que está acontecendo hoje é a desculpa que faltava para que aconteça uma grande reforma política no Brasil. Fidelidade partidária e voto em lista são mais do que necessários, para que o próximo presidente eleito não tenha que ser vítima de extorsão em forma de votos perpetradas pelos deputados e senadores. Só que em vez de colocar a mão na consciência e resolver o que realmente está errado na política brasileira, os políticos se preocupam mais em fazer uma CPI eleitoreira para tentar enfraquecer o presidente Lula para a eleição do ano que vem. É esse o único motivo de toda essa palhaçada que está acontecendo em Brasília. Se existem Delúbios, Valérios e mensalões, é porque existem deputados que deixam de lado os interesses da população em prol dos seus próprios interesses. Se eles escutassem e se preocupassem com o povo, veriam que a população ainda está ao lado de Lula, e quer que ele consiga governar o Brasil com a ajuda do Congresso. E que ele não precise pagar por isso.

Um pouco mais de responsabilidade, respeito e honestidade do Congresso. É só isso que o Brasil precisa.
CPI II

Quem acompanha pela TV Senado os depoimentos da CPI dos Correios fica apavorado com a falta de preparo e de educação dos deputados que a formam. Um show de demagogia e desrespeito. O deputado Jorge Bittar (PT-RJ) mostrou enorme insensibilidade social ao questionar à secretária Fernanda Somaggio o porque dela só denunciar os fatos escusos que presenciou durante o tempo em que trabalhou na agência de Marcos Valério depois de ser demitida. O deputado ouviu da secretária o que todo mundo devia saber, principalmente um político: que o brasileiro comum tem que aproveitar a chance de estar empregado, mesmo que tenha que se calar em algumas situações, sob pena de perder o seu sustento. Deputados como Eduardo Paes (PSDB-RJ), ACM Neto (PFL-BA) e, principalmente, Onyx Lorenzoni (PFL-RS) seriam facilmente passíveis de processo pelas acusações que fizeram a Marcos Valério e Delúbio Soares. Esse último chamou Valério de "lavanderia ambulante" e bradou a plenos pulmões a Delúbio: "eu vou te pegar, eu vou te pegar", numa demostração de demagogia das mais baixas. Cabe lembrar que os depoentes, por mais envolvidos em corrupção que estejam, não estavam lá para serem julgados e, principalmente, condenados sem julgamento. A CPI serve para que se apurem os fatos, e não para apedrejar ninguém. E por mais que tenhamos julgado os corruptos na nossa cabeça, não precisamos dessa demonstração de falta de respeito dos nossos políticos. Demagogia é uma prática em desuso. É subestimar a nossa inteligência. Mais sobre o assunto nessa excelente coluna de Dora Krammer.

Mas nem todos são assim, graças a Deus. A deputada Denise Frossard (PPS-RJ) e os senadores Eduardo Suplicy (PT-SP) e Heloísa Helena (P-SOL-AL) são exemplos de conduta e decência. Terão sempre o meu voto a partir de hoje.

quinta-feira, julho 14

É SEXTA!
TÁ TODO MUNDO CONVIDADO!
SACA SÓ O DJ!!!



DUPLO SENTIDO

Essa é pra matar...



Cortesia do DEDADA DIGITAL.
BEWITCHED

Remake hollywoodiano do seriado de TV A Feiticeira. Até que é bem legalzinho. Fofo, eu diria. Tem o mesmo clima inocente do seriado, mas inova no enfoque dado. A história é a seguinte: Jack Wyatt, astro de Hollywood em baixa, tem a oportunidade de estrelar a volta de um seriado famoso dos anos 60 - no caso, o próprio A Feiticeira. Egocêntrico, só aceita o papel principal se for ao lado de uma atriz desconhecida. Depois de muitas tentativas frustradas, Jack acaba encontrando Isabel Bigelow, perfeita para o papel da Feiticeira. Porém, o que Jack não sabe é que Isabel é, realmente, uma feiticeira. O resto é o mesmo de sempre: eles acabam se apaixonando. Nada muito profundo, é verdade. Mas o filme é divertido, principalmente por Will Ferrell, como sempre. Nesse papel, Will se consagra como um dos comediantes do primeiro time de Hollywood, principalmente pela cena do jantar, em que atua enfeitiçado por Isabel. Ah, esqueci de falar: quem interpreta Isabel é Nicole Kidman, talvez no papel mais "gracinha" de sua carreira. Filme bacaninha, mas não vale o ingresso. Espere sair em DVD.


Nicole Kidman e Will Ferrell em Bewitched

segunda-feira, julho 11

AS CERTINHAS...


SPIELBERG AINDA É O MESTRE

Falem o que quiserem, mas a verdade é que Guerra dos Mundos (War Of The Worlds, Steven Spielberg, EUA, 2005) é MUITO BOM! Ok, podem dizer que o filme não tem roteiro, que o final é melodramático, que a solução do problema é banal, mas tudo isso é justificável. Vamos por partes:

- O filme não tem roteiro porque não se propõe a isso. Nenhuma mensagem pretende se passar. É simplesmente uma invasão alienígena, destruidora e impiedosa. Porém, Guerra dos Mundos tem um diferencial: é contado do ponto de vista de uma pessoa comum, um pai que tenta salvar a própria pele e a dos dois filhos no meio do caos. Ao menos não temos nenhuma bandeira americana tremulando na cauda do avião que destrói os aliens... Aliás, Encurralado também não tem um grande roteiro e nem por isso deixa de ser um grande filme de suspense.

- A maneira encontrada para derrotar os aliens é fiel ao livro original. Claro que não vou contar, mas com certeza é uma das melhores soluções que poderiam ser encontradas. Depois de ver o filme, diga se concordou ou não.

- O final melodramático é justificável porque senão não seria um filme de Steven Spielberg, ora bolas! Se você não gostar, das duas uma: ou faça como eu, que considero o final de A.I. a hora em que o menino fica preso no fundo do mar; ou simplesmente não veja o filme, já que você é mais um daqueles intelectualóides que odeiam o estilo "comercial" e "hollywoodiano" de Spielberg. Pra você recomendo 9 Songs. Certamente vai impressionar mais nas mesas de bar...

Fora isso não há muito a falar sobre Guerra dos Mundos. É um filme para ser visto, e pronto. Um suspense da linha de Tubarão e do já citado Encurralado com efeitos especiais de primeira (Oscar? Certamente...). Até o Tom Cruise ajuda! Chega a dar raiva no papel de pai desnaturado. Enfim, um daqueles filmes que valem dois ingressos. Spielberg ainda é o cara!


Guerra dos Mundos: assustador!

sábado, julho 9

EXODUS

Primeiro foi o êxodo interior-capital, agora é o êxodo capital-metrópole. Um monte de conhecidos meus estão indo ou já estão em São Paulo ou Londres. O engraçado é justamente isso, é São Paulo ou Londres, não Rio de Janeiro ou Madri, ou Belo Horizonte ou Roma. É São Paulo ou Londres.

O que será que aconteceu? Será que Porto Alegre saturou? Será que não há mais chances de se dar bem por aqui? Ou será que esse povo tá querendo apenas dar um tempinho fora pra depois voltar tirando onda? Particularmente, eu acho São Paulo uma grande bosta, uma cidade que eu moraria apenas tempo suficiente pra encher os bolsos de grana e voltar. Já Londres sempre foi um sonho meu, mas depois do que aconteceu anteontem, já estou declinando da idéia.

Enquanto bombas explodem, eu ainda prefiro tentar a sorte por aqui mesmo. Na pior das hipóteses, ainda sempre teremos Ijuí...
AS CERTINHAS...


O PREÇO DE UMA VERDADE

Há horas eu estava namorando esse filme na prateleira da locadora, mas como o balconista me disse uma vez que o filme não era tudo isso, fui deixando pra depois. Isso prova que nem sempre os balconistas são Tarantinos: O Preço de Uma Verdade (Shattered Glass, Billy Ray, EUA, 2003) é um ótimo filme. Mesmo que o nome canalha da versão nacional e a frase "baseado numa história real" impressa na capa do DVD possam assustar, o filme vale muito a locação. O Preço... conta a história real de Stephen Glass, jornalista-prodígio que aos 24 anos já era editor-sênior da New Republic, uma das revistas mais respeitadas da América. Porém Stephen nada mais era que um grande contador de histórias, e não um repórter. Em vez de fazer seu trabalho, ou seja, descobrir os fatos e investigá-los, Stephen descobriu que as falhas do sistema de checagem de fontes da revista permitiam a ele inventar matérias, sem nenhum comprometimento com a verdade. Resultado: em três anos de New Republic, Stephen Glass publicou 27 matérias fictícias como se fossem reais, acabando com a credibilidade da revista e destruíndo precocemente sua carreira.

O filme conta como Stephen foi desmascarado por um repórter da Forbes Digital, uma revista on-line. Tudo começa com a publicação de uma matéria de Stephen sobre um hacker de 15 anos que invadiu o site da Jukt Micronics, uma empresa de software do Vale do Silício. A empresa, ao ver que sairia mais barato contratar o rapaz do que prendê-lo, acabou pagando as exigências do hacker, que incluíam desde um carro esporte a assinatura vitalícia da Playboy e da Penthouse. A reportagem acabou fazendo com que o editor da Forbes Digital cobrasse do repórter Adam Pennemberg o porque da não-cobertura da história, o que levou Adam a investigação dos dados fornecidos na tal matéria. Adam descobriu que tudo na matéria era uma grande mentira, desde a empresa, que não constava de nenhum banco de dados de contribuíntes até os nomes citados, totalmente inexistentes. Pressionado pela resposta da Forbes ao artigo, o editor da New Republic, Chuck Lane, resolveu investigar as fontes citadas por Glass na matéria e comprovou a fraude de seu repórter.

Interpretado com grande talento por Hayden Christensen, o personagem de Glass se mostra ao mesmo tempo, infantil e maquiavélico, na sua tentativa desesperada de criar fontes falsas que comprovassem a sua história, várias mentiras pra sustentar outra mentira. Hayden tem o physique du rôle e o talento necessários para dar vida a Glass. Com sua cara de menino mimado ele consegue despertar antipatia no público, que desde o início do filme nota que se trata de mais um jornalista recém-saído da faculdade, arrogante e deslumbrado com o falso glamour da profissão. Perdendo a noção da responsabilidade, essa arrogância acabou custando a Glass bem mais que uma simples advertência do chefe: custou sua vida. Nos extras do DVD podemos ver um trecho do programa 60 Minutes onde o verdadeiro Glass explica suas razões para tamanha fraude e no que sua vida se tornou depois desse fato. Um exemplo a não ser seguido.


Hayden Christensen como Stephen Glass em Shattered Glass

terça-feira, julho 5

AS CERTINHAS...


JÁ CONHECE O KLAUS?

Depois da Ruth Lemos, o Klaus é a mais nova celebridade internética. A história é a seguinte: o guri gravou na webcam a transa dele com a namoradinha pra tirar uma onda com a galera. Só que o tiro saiu pela culatra, já que o piá não era dos mais dotados e não conseguiu ir às vias de fato com a menina. O video, lógico, se espalhou rapidamente pela internet e o tal do Klaus, além de não ter mais cara de aparecer na rua, ainda foi processado por divulgar pornografia infantil. O bicho ainda promete pegar muito pro lado do cara: a mina era menor de idade e não sabia da gravação. Neste site, tem mais informações sobre o caso e uma hilária Escala Klaus de Pagação de Mico.

Quer ver o video? Então vai procurar. Eu que não sou louco de publicar o link...
PROFECIA

Eu disse em abril. 9 Songs está na boca dos intelectualóides. Todos extasiados, louvando o "experimentalismo" e a "ousadia" do filme do Michael Winterbottom.

Continuo dizendo: o filme é uma BOSTA! Espere pra locar em DVD, já que, como ele não está passando no Lido, não se presta ao seu único objetivo. Deixe pra ver em casa, tranquilo, sem perigo de melecar a pessoa sentada ao seu lado.
CIENTOLOGIA

Eu não entendo o porque da cruzada midiática contra a Cientologia. Eu não sei patavinas do que trata a tal religião, seita, ou seja lá o que for, mas pegando o exemplo do Tom Cruise, principal seguidor e divulgador, eu acho que mal não deve fazer. Veja só: Nicole Kidman, Sofia Vergara, Katie Holmes. Isso sem contar o fato de que ele é o maior astro de Hollywood há anos, recebendo cachês de mais de 20 milhões de dólares por filme. Se ele faz uma média de um filme por ano, você pode fazer a conta.