quinta-feira, dezembro 28

BABEL

Tô com preguiça de escrever, mas não poderia deixar passar em branco um filme desses, que toca nossa alma tão profundamente. Um filme maravilhoso, uma demonstração ultra-realista do mundo de hoje, o melhor da "trilogia da dor" de Alejandro González Iñáritu e um candidato fortíssimo ao Oscar de 2007.

Segundo a teoria do caos, o bater de asas de uma borboleta no Japão pode causar catástrofes do outro lado do Oceano. O cineasta Alejandro González Iñáritu acredita plenamente neste pensamento. Na sua obra, um cachorro, um atropelamento ou um simples rifle podem desencadear uma série de eventos catastróficos. Babel (2006) chega para completar a trilogia iniciada há seis anos com Amores brutos (2000) e 21 gramas (2003). O título remete à Torre de Babel, uma referência bíblica à idéia de pessoas que falam línguas diferentes e não conseguem estabelecer comunicação entre si.

O roteirista Guillermo Arriaga, parceiro de Iñáritu também nos filmes anteriores, coloca a ação em quatro países diferentes (Marrocos, Estados Unidos, México e Japão) e, conseqüentemente, em quatro línguas distintas. O filme começa no deserto do Marrocos, onde um pai de família compra um rifle para proteger suas cabras dos chacais. Como trabalha fora, ele deixa a arma com seus dois filhos menores (os atores mirins estreantes Said Tarchani e Boubker Ait El Caid). Eles resolvem testar o limite de alcance do novo "brinquedo". O menor, que sabe atirar, mira em um ônibus que passa na distante estrada desértica. Nele estão viajando Susan (Cate Blanchett) e Richard (Brad Pitt). O tiro acerta a mulher na altura do ombro, provocando pânico dentro do ônibus.

Nos Estados Unidos, Amelia (Adriana Barraza), a babá que toma conta dos filhos de Richard, recebe um telefonema avisando que Susan está hospitalizada. Mexicana, Amelia mora ilegalmente nos Estados Unidos há 16 anos. Com medo de perder o casamento do seu filho, no México, ela resolve cruzar a fronteira levando as crianças com Santiago (Gael García Bernal), seu sobrinho.

Enquanto isso, a jovem surda-muda Chieko (Rinko Kikuchi) fica sabendo da tragédia que aconteceu na África através dos noticiários japoneses. Mas a sua ligação com os demais eventos só será mostrada com o desenrolar da trama.

Mais do que coincidências

Para alguns o filme pode parecer uma colcha de retalhos de impossíveis coincidências, com uma forte manipulação emocional. Mas isso não importa. O objetivo de Iñáritu é mostrar que neste mundo globalizado, as pessoas estão cada vez mais distantes. Falta uma verdadeira comunicação desprovida de preconceitos e desde o 11 de Setembro a paranóia se instaurou. Depois que Susan é atingida, os outros turistas do ônibus ficam desesperados, achando que estão na mira de um novo ataque terrorista. Os únicos sentimentos que a globalização parece ter propagado pelo mundo são a violência e o medo de se tornar mais uma vítima.

Para Iñáritu, a conseqüência disso tudo é o isolamento. Susan e Richard estão afastados um do outro. Eles não se perdoam por terem perdido um filho. Culpam um ao outro e a si mesmos. Amelia se isolou de sua família ao tentar uma vida melhor nos Estados Unidos. No Marrocos, é a falta de um adulto por perto que faz com que duas crianças utilizem uma arma de fogo como brinquedo.

E no Japão, onde existe uma enorme cobrança por sucesso, tudo o que se vê é a solidão. Yasujiro (o veterano e ótimo ator Koji Yokusho), o pai de Chieko, é um rico e bem sucedido empresário que na sua caminhada para o sucesso foi se isolando cada vez mais da família. As cenas mais marcantes e poéticas mostram Chieko dentro de uma discoteca barulhenta com luzes berrantes. Iñáritu alterna momentos de extremo silêncio com ensurdecedores silêncios, mostrando que mesmo em um lugar repleto de pessoas, a solidão pode ser a sua única companheira. Chega a provocar lágrimas.

Todos falam a língua do cinema

O elenco está soberbo. Iñáritu sabe tirar o melhor de seus intérpretes. Veteranos, estrelas e estreantes desenvolvem seus personagens com idênticas camadas de profundidade, mesmo tendo diferentes níveis de exposições na tela. É gratificante observar que os meninos no Marrocos conseguem interpretações tão apaixonantes quanto os consagrados Brad Pitt e Cate Blanchett. Vale destacar ainda os trabalhos de Adriana Barraza (que merecia uma indicação ao Oscar) e da estreante Rinko Kikuchi, que mesmo sem falar usa toda a sua expressão e linguagem corporal para demonstrar seus sentimentos.

Do ponto de vista técnico, Iñáritu se cercou do melhor e o resultado final é um arroubo visual e sonoro. Rodrigo Prieto faz um excelente trabalho de fotografia. Com extrema competência, ele consegue mesclar os diferentes cenários sem deixar o contraste de cores entre a moderna cidade de Tóquio, o deserto do Marrocos e a pobreza do México se sobressaírem uns sobre os outros. A música de Gustavo Santaolalla (ganhador do Oscar por O Segredo de Brokeback Mountain) completa as cenas, surgindo hipnoticamente após longos silêncios.

Todo esse trabalho de excelência levou Iñáritu a ser premiado no festival de Cannes deste ano como Melhor Diretor. Sua narrativa imagética corrobora as mensagens sobre a solidão e a falta de comunicação. Mesmo com celulares, internet e satélites ainda não conseguimos transpor barreiras culturais e lingüísticas. A câmera de Iñáritu registra cada um desses momentos de perto, colada nos personagens como se buscasse uma solução. É a linguagem cinematográfica em todo o seu esplendor.

Fonte: Omelete



Iñáritu e Brad Pitt no set de Babel.

quarta-feira, dezembro 27

ROCKY IS BACK, BACK AGAIN

"O mundo não é um mar de rosas. Na verdade é um lugar ruim e asqueroso. E não importa o quão durão você seja, você apanhará e ficará de joelhos e ficará ali se permitir. Nem eu, nem você, nem ninguém baterá tão forte quanto a vida. Não importa o quão forte possa bater, e sim o quanto pode aguentar os golpes e continuar em frente, o muito que pode aguentar e seguir adiante. Assim é a vida! Agora, se sabe o que vale,vá e mostre o seu valor. Mas deve ser capaz de receber os golpes, e não apontar o dedo e dizer o que é por culpa desse ou daquele. Os covardes fazem isso!"

Se existe um cara que pode falar isso com propriedade, esse cara se chama Sylvester Stallone. Mesmo criando um personagem que entrou para a história do cinema, Stallone foi ridicularizado durante toda a sua carreira. Foi chamado de tosco, ogro, sem talento. Com o passar dos anos, foi esquecido pelas novas gerações. Porém, tal como o seu alter-ego Rocky Balboa (Sylvester Stallone, EUA, 2006), Stallone acaba por calar a boca de todos seus detratores. Quando começaram a surgir as primeiras notícias sobre o 6° filme da franquia, as críticas e piadinhas vieram de todos os lados. Nada injustificável, diga-se de passagem. Tirando os dois primeiros filmes, as outras sequências não foram dignas de respeito. Porém, Stallone corajosamente botou a cara a bater. E fez um GRANDE filme! Toda a fórmula que deu certo no primeiro filme está lá: começa mostrando a dura vida do lutador, ele é desafiado, treina (com direito a corridinha na escadaria do Museu da Filadélfia ao som da indefectível trilha de Bill Conti) e termina com uma luta emocionante. Só que, em 1976, Stallone tinha 30 anos. Agora o desafio é maior, tanto para Rocky quanto para Stallone, um sexagenário. E ele, apesar de tudo, supera esse desafio se mostrando em grande forma, atuando como nunca, dirigindo com maestria e exibindo o mesmo shape de 30 anos atrás (claro que guardadas as devidas proporções e as aplicações de botox). Eu não sei se é pela simpatia - nem sempre assumida - que todos da minha geração temos por Rocky, mas é arrepiante ver um filme como esse, digno até de Oscar. Sério, acredite! Não é a toa que a estátua de Rocky voltou para a frente do Museu da Filadélfia.


Deja-vu

sexta-feira, dezembro 22

OS MELHORES DE 2006

Como não poderia deixar de ser, aí vai a minha lista dos melhores discos e filmes de 2006. O único critério usado foi o da honestidade: só entraram os discos que eu escutei e os filmes que eu vi. Por isso, não levem muito a sério, já que nesse ano a correria de campanha política e trabalho não me deram muito tempo livre.

DISCOS

1.Guillemots, Through The Window Pane: Eu demorei pra começar a gostar, mas quando deu o estalo, não parei por uns dois meses. Um disco que se redescobre a cada audição. Destaques: Trains to Brazil e Annie Let's Not Wait.

2.Muse, Black Holes And Revelations: Taco a taco com o Guillemots, foi a grande surpresa, já que eu não era muito chegado no som dos caras. Uma seleção do melhor do rock'n'roll dos últimos 20 anos num disco só, e tudo ao mesmo tempo. Destaques: Invincible e Starlight.

3.The Dears, Gang Of Losers: Um dos casos felizes em que a banda melhora no segundo disco. E tem a (talvez) melhor música do ano: You And I Are A Gang Of Losers. Destaques: a própria e Ballad Of Humankindness.

4.The Killers, Sam's Town: Teve muita gente que não gostou. Mas eu, um fã de carteirinha da banda, não me decepcionei nem um pouco. Sem dúvida, uma das maiores bandas do planeta. Destaques: Bones e For Reasons Unknown.

5.Snow Patrol, Eyes Open: Tem Chasing Cars. Merece estar nessa lista só por isso. Destaques: Chasing Cars e ... Chasing Cars.

6.Boy Kill Boy, Civilian: Pelo nomezinho parece ser mais uma daquelas bandinhas emo, mas o som dos caras é sensacional. Destaques: Showdown e On And On.

7.Raconteurs, Broken Boy Soldiers: Jack White e Brendan Benson tocando rock'n'roll de verdade (leia-se, acompanhados de um baixista e um baterista de verdade). Um upgrade do White Stripes. Destaques: Steady As She Goes e Broken Boy Soldier.

8.James Dean Bradfield, The Great Western: Dá pra dizer que é o novo do Manic Street Preachers. Chega, né? Destaques: Bad Boys And Painkillers e Run Romeo Run.

9.Paolo Nutini, These Streets: O mentiroso do ano: tem nome de italiano mas é escocês, tem voz de negro americano (Al Green), mas é um branquelo de 19 anos, parece pop mas é R&B da melhor qualidade. Destaques: Jenny Don't Be Hasty e Last Request.

10.Hope Of The States, Left: Indie rock com toques épicos. Emoção pura sem ser meloso. Destaques: The Good Fight e Left.

11.I'm From Barcelona, Let Me Introduce My Friends: A minha mulher gosta muito. Eu também. E quem escutar também vai gostar. E todos juntos iremos cantar. Destaques: We're From Barcelona e Treehouse.

12.TV On the Radio, Return To Cookie Mountain: Impressionante como um troço tão estranho pode ser tão bom e, ao mesmo tempo, pop. Destaques: Province e Playhouses.

13.The Feeling, Twelve Steps And Home: A típica banda que você vai ouvir primeiro e gostar, mas quando começar a tocar no radio, você vai odiar. Destaques: Strange e Blue Picadilly.

14.The Fratellis, Costello Music: Ueba! Rock com punch e senso de humor. Fazia tempo... Destaques: Henrietta e Creepin' Up The Backstairs.

15.Midlake, The Trials Of Van Occupanther: O disco perfeito para escutar sozinho com as luzes apagadas. Destaques: Roscoe e It Covers The Hillside.

FILMES

1.V de Vingança (V For Vendetta): Para os indignados com a política mundial, um manifesto da força do povo. Ou um novo 1984. Enfim, o melhor filme do ano.

2.Os Infiltrados (The Departed): Depois de tentar ser um diretor de épicos - e se dar muito mal -, Scorcese ressucita voltando às origens e acertando a mão. Filmão!

3.Borat: Cultural Learnings of America for Make Benefit Glorious Nation of Kazakhstan: De se cagar de rir. Não, você não leu errado. Um filme tão politicamente incorreto não podia ser descrito de outra forma.

4.Boa Noite e Boa Sorte (Good Night And Good Luck): Putz, eu queria ser o George Clooney! A mulherada toda babando, uma grana furiosa no bolso e agora o cara ataca de diretor e se dá muito bem. Um baita filme, com estilo e consistência.

5.Pequena Miss Sunshine (Little Miss Sunshine): O engraçado nesse filme é que, mesmo tendo um elenco de primeira (Greg Kinnear, Toni Collette, Steve Carell), o personagem principal é uma Kombi caindo aos pedaços. De rir e chorar.

6.X-Men 3 - O Confronto Final (X-Men 3 - The Last Stand): Enquanto o Bryan Singer foi estragar o Superman, Brett Ratner assumiu a franquia e fez um filmão. A sequência do Magneto mudando a Golden Gate de lugar entrou pra história do cinema.

7.O Plano Perfeito (Inside Man): Nesse caso, a tradução em português não poderia ter sido mais perfeita. Spike Lee ensina como roubar um banco.

8.Johnny & June (Walk The Line): Joaquin Phoenix foi injustiçado pelo Oscar. Uma homenagem à altura de Johnny Cash.

9.A Marcha Dos Pinguins (March Of The Penguins): Se eu fosse mulher eu diria: "ah, que filminho fofo!!!". Mas a verdade é que eu chorei afu, mesmo sendo espada e matador...

10.Deu A Louca Na Chapeuzinho (Hoodwinked): Pegaram a história da Chapeuzinho Vermelho e perverteram de uma maneira inimaginável. A gente torce para o lobo!!!

11.Menina Má.com (Hard Candy): O título em português afugentou o público do cinema, mas é um grande suspense.

12.Scoop: Scarlett Johansson.

13.Stoned - A História Secreta Dos Rolling Stones (Stoned): Quem tem menos de 30 anos nem sonha quem é Brian Jones. Não sabe quem é o cara? Então não deixe de ver esse filme.

14.Obrigado Por Fumar (Thank You For Smoking): Canastrão até não poder mais! Uma paulada na publicidade e no cinema.

15.Tudo Pela Fama (American Dreamz): Canastrão até não poder mais! Uma paulada nos reality shows e no show business em geral.


Bônus I: A MUSA DE 2006

Bem que a Cicarelli tentou, mas a Karina Bacchi rapou as fichas no apagar das luzes de 2006. O piercing mais famoso do Brasil!!!


Por motivos de força maior, não vamos mostrar a Bacchi da Karina. Não insista!


Bônus II: O FATO DE 2006

Ok, eu vou ter que mencionar o título do Inter. Por mais que parecesse impossível, eles conseguiram. Como gremista só me resta dar os parabéns aos colorados por entrarem no seleto grupo dos campeões mundiais.
Ano que vem estaremos os dois na Libertadores. Vai ser de lascar...

sexta-feira, dezembro 15

PROMESSA

Estava lendo os arquivos do blog e vi que eu até tinha um certo talento. Mas hoje em dia as idéias não fluem tanto como antigamente. Talvez pela tranquilidade que tomou conta da minha vida (todo mundo sabe que a angústia é inspiradora), talvez pela auto-crítica exacerbada que me impede de dar uma de crítico, talvez pela preocupação de não ofender ninguém com o que eu possa escrever (já que sempre tem um umbigo de plantão que acha que é o homenageado do post), talvez por ter uma corretora ortográfica particular implacável que não aceita os meus erros de português... A verdade é que, pela enésima vez, passou pela minha cabeça encerrar os trabalhos blogueiros. Mas meu passado não permite que eu mate esse blog impunemente.

Por isso, anuncio aqui a minha volta.

Mas agora já é tarde e tenho que dormir. Talvez semana que vem. Ou mês que vem.

Prometo que, se demorar um ano, eu acabo de vez com essa bagaça.

quarta-feira, agosto 16

PARABÉNS, INTER!!!!!

... só falta uma... :)

segunda-feira, julho 24

NADA É O QUE PARECE



Os aspectos relevantes à qualidade de um filme geralmente são os mesmos: bons atores, competência do diretor, excelência técnica... Porém, mesmo quando esses fatores dão a impressão de que o filme vai ser muito bom, acontece o contrário. Vejamos os exemplos de Tristão e Isolda (Tristan + Isolde, Kevin Reynolds, EUA, 2006) e Superman - O Retorno (Superman Returns, Bryan Singer, EUA, 2006). No caso do primeiro, tudo levava a crer que seria uma grande bomba: o argumento do "romance proibido que acaba em tragédia" já foi mais que explorado na grande tela; o diretor, Kevin Reynolds, nunca foi levado a sério pela crítica especializada; os personagens principais são interpretados por atores que nunca tiveram muito destaque em seus filmes anteriores. Mas o que se viu na tela é uma bela versão da lenda eternizada por Wagner em sua ópera. James Franco rouba a cena ao fazer um Tristão tristonho (com o perdão do trocadilho infame), profundo, condizente com seu drama interno, ao ter que escolher entre sua honra e seu amor pela mulher de seu melhor amigo e líder. Sophia Myles tem a doçura necessária ao personagem e, mesmo não sendo uma atriz belíssima, apaixona em cada cena. Até mesmo o canastrão Rufus Sewell, ator quase onipresente nas produções "B" de Hollywood, mostra um surpreendente carisma na sua interpretação do Lorde Marke, fazendo com que o público entenda ainda mais o dilema de Tristão. E, por fim, Kevin Reynolds mostra que é um especialista em filmes ambientados na idade média, chegando ao seu auge nesse filme, ao mostrar com crueza as condições de vida daquela época. Sem contar as cenas de luta, brutais e realistas, que dão ainda mais credibilidade ao filme. O filme dá uma impressão de despretensionismo em todos os momentos, e é justamente por isso que surpreende positivamente.

É esse justamente o principal pecado de Superman - O Retorno. É fato que Bryan Singer é um dos diretores mais egocêntricos e petulantes de Hollywood. Muita gente diz que o garoto é insuportável de se trabalhar. Mas até então, sua arrogância se justificava pelo resultado final de seus filmes, irrepreensíveis. Depois de elevar os filmes de quadrinhos a um nível superior com X-Men 2, todos esperavam que Singer fizesse um trabalho exemplar com a volta do Homem de Aço às telonas. Mas o que se vê é toda a arrogância do diretor expressa em celulóide. Sob a desculpa de humanizar os dramas pessoais do Super Homem, Singer fez um filme chato, melodramático e sem ritmo. A pretensão de tratar com profundidade a relação do Super Homem com Lois Lane e suas atribuições como o salvador da humanidade foi por água abaixo, e o único culpado por isso é Bryan Singer. Já dizia um comentarista esportivo: "a culpa não é do jogador, e sim do técnico que o escala". Singer errou feio na escolha dos atores principais. Brandon Routh até agrada visualmente como Superman, mas na hora que abre a boca, a única emoção que provoca é saudade do grande Christopher Reeve. Suas cenas como Clark Kent são deprimentes, longe da comicidade que Reeve dava ao repórter, e quando está com a roupa azul, sua tentativa de parecer heróico lhe dá a aparência de um robô. Kate Bosworth é beeeem melhor que a baranga Margot Kidder dos primeiros filmes, mas também não convence como Lois Lane. Falta-lhe experiência e carisma, e sua cara de menina não lhe dá credibilidade nenhuma como uma ganhadora do Pulitzer e mãe de um menino de cinco anos. Mas a maior decepção entre os atores é Kevin Spacey, que pelo trailer prometia grandes momentos na pele de Lex Luthor. Não é o que acontece. Sua interpretação balança entre o cômico e o insano, sem agradar em nenhum dos aspectos. O filme só se salva pelos efeitos especiais, com cenas impressionantes e criativas, principalmente quando Superman toma um tiro no olho, mas no conjunto esse esmero técnico sucumbe ao melodrama raso que mais irrita que emociona. Ao deixar a diversão de lado em favor da emoção, Singer não acerta em nenhum alvo, decepcionando quem esperava ansiosamente a volta do Superman. Melhor seria que ele não trocasse de lugar com Brett Ratner - primeiramente escalado para dirigir Superman e que acabou tomando o lugar de Singer em X-Men 3. Os fãs dos mutantes e do Homem de Aço ficariam mais satisfeitos.


A VOLTA DO MESTRE

Depois de 6 anos longe das telas, Darren Aronofsky volta com o grandioso The Fountain, uma história de amor, morte e espiritualidade que se passa no intervalo de 1000 anos!!! Das duas, uma: ou Aronofsky cala a boca dos críticos que detonaram esse filme antes mesmo dele estrear, ou se consolida como o mais talentoso diretor surgido nos últimos anos. O trailer promete...




A CERTINHA

Dizem que a nova namorada de Leonardo DiCaprio é a modelo israelense Bar Rafaeli. O que você acha? Ele ganhou na troca? Eu acho que sim...


segunda-feira, julho 17

"BABADA" EM HORÁRIO NOBRE!!!
(post editado propositadamente com palavras de baixo calão)

A Globo é foda mesmo. Desfoca as tetas da Claudia Raia e a buceta da Ana Paula Arosio mas tenta dar uma de liberal expondo uma pessoa comum. Porra, se a putaria tá solta, então que bote ao menos uma gostosa bem pelada fornecendo a marmita pra todo mundo ver! O que não fazem por uns pontinhos no Ibope.

Sem falsos puritanismos, mas acho que a Globo errou o pulo dessa vez. Acho legal mostrar o real na ficção, mostrar que existem gays que se beijam, que existem casais que aceitam o adultério e, principalmente, que as pessoas TREPAM. Mas tudo tem limite e jeito de mostrar. Imagina o choque daquela dona de casa, que vê a Arosio dizendo que vai acender uma vela pra Nossa Senhora da Aquerupita pra mãe não morrer (detalhe: ela falou isso de lingerie, deitada na cama, um pouco depois de intimar o Celulari pra dar uma trepada) e logo depois vê uma mulher falando que acordou com as pernas pra cima e toda "babada". Não sou careta, mas confesso que fiquei boquiaberto ao ver esse depoimento. Dá só uma olhada...



Parece que um dos próximos depoimentos é o de uma adolescente que quer casar virgem e, por isso, só fornece o behind pros garotos do prédio...

domingo, julho 16

DOIS VIDEOS INCRÍVEIS

O primeiro é o clip do Muse para Knights Of Cydonia. Assim como a música, o clip é brega e sensacional. Uma mistura de spaghetti-western com Star Wars e filmes de ninja. Só vendo para entender...



O segundo é o trailer do próximo filme do francês Michel Gondry, The Science Of Sleep. O diretor de Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças leva ao extremo seu gosto pelo surreal, pelo que se vê nesse trailer. Elementos estranhos, imagens excêntricas e uma história que parece ser diferente de tudo que se viu no cinema até o momento. Estamos na espera.


sexta-feira, julho 14

UM FILME A SER VISTO

Estréia dia 15 de setembro nos EUA The Last Kiss, refilmagem do genial filme italiano O Último Beijo, de 2001 (já comentei sobre esse filme aqui). Eu até que gosto das refilmagens de filme europeus feitas por Hollywood - Vanilla Sky é muito melhor que o original Abre Los Ojos, por exemplo - e essa é uma refilmagem que promete muito. O roteiro dessa versão é feito pelo escritor de Million Dollar Baby, Paul Haggis, e o elenco conta com Zach Braff (protagonista, diretor e roteirista de um dos melhores filmes sobre a geração dos 30, Garden State) e a "gracinha das gracinhas" Rachel Bilson, a Summer de The O.C.. Certamente os intelectualóides vão detonar o filme, vão dizer que a versão italiana é melhor e tal. De qualquer forma, o filme merece atenção, principalmente se você tiver entre 28 e 35 anos, com todas as dúvidas e incertezas peculiares dessa idade. Enquanto não chega o dia da estréia, que tal dar uma olhada no filme original e no trailer aí embaixo?


quinta-feira, julho 13

POLITICAMENTE CORRETO... ARGH!

A Camila postou sobre mais um absurdo que está prestes a acontecer aqui em Porto Alegre: Prefeitura de Porto Alegre pode sancionar hoje projeto que proíbe o fumo em bares e restaurantes. Em mais um absurdo dos defensores do "politicamente correto", milhares de fumantes vão deixar de ter vida social na capital gaúcha, a capital que tem o maior número de fumantes do Brasil. De novo os ilustres vereadores, mais especificamente João Carlos Nedel, do PP - aquele mesmo que protestou na porta dos cinemas contra a exibição d'O Código da Vinci - provam que não servem pra nada de útil. Mas o absurdo da lei (que é completamente inconstitucional, diga-se de passagem, vide art 5°, X, XV, XVI, XLI, CF) é que o texto aprovado ignora as emendas previamentes negociadas com os comerciantes pelo próprio Nedel. Sabem quais eram as tais emendas? O projeto do vereador previa que a punição seria ao infrator, e não ao estabelecimento comercial!!! Isso prova as "boas intenções" do vereador, preocupado com a saúde pública e com o bolso dos empresários da noite.

Vamos combinar: o politicamente correto é uma hipocrisia sem tamanho. Mandam a população não jogar lixo na rua pra empregar menos garis e ter menos gastos com escoamento pluvial (sim, as enchentes são culpa dos relaxados que jogam lixo no chão, e não dos esgotos entupidos e sem manutenção há séculos). Reservam vagas para negros nas universidades pra se eximir da culpa da falta de investimentos no ensino básico e na qualidade de vida dos menos favorecidos. Proíbem o fumo em locais públicos, mas não abrem mão dos 76,5% de impostos sobre o preço do cigarro. E ai de quem tiver coragem de jogar essa merda no ventilador: é tachado de reacionário, intolerante e insensível. Mas são esses que tem a verdadeira coragem de pensar com a própria cabeça e ver as reais intenções dos nossos governantes. Os outros? Bem, os outros são aqueles cordeirinhos do "paz e amor" que acham, por exemplo, que presídio é hotel; que dão esmola na rua achando que estão ajudando, que separam o lixo com a melhor das intenções, mas não sabem que tudo se mistura no lixão da cidade; que acham que a Aracruz vai dar um monte de empregos, mas não tem noção do impacto ambiental que tem uma empresa de celulose instalada ao lado do Guaíba; que acham que a Amazônia é o pulmão do mundo e deve ser preservada, mas não sabem que o mundo inteiro está escondido na selva tirando o que podem das riquezas do Brasil, enquanto milhões ainda passam fome no país. São os mesmos que vão se horrorizar com tudo isso que eu estou escrevendo...

Ok, eu me exaltei mesmo. Talvez eu não seja tão radical assim. Mas o que eu quero dizer é que todos devem questionar as coisas que são ditas por aí, que parecem bonitinhas à primeira vista, mas que na verdade são um baita engodo. Eu sei que o cigarro incomoda quem não fuma, mas eu duvido que exista coisa mais chata que não-fumante pró-ativo. Se todos forem tolerantes e preocupados com o bem-comum, tal como pregam os "politicamente corretos", tudo se resolve.

Pra concluir, cito o Gabriel Brust, d'A Nova Corja: A piada que corre na Câmara é que, depois de protestar contra o Código da Vinci e proibir o fumo, Nedel se prepara para propor o fim da foda e do trago no município.

Duvida?
DESINTOXICANDO O OUVIDO INDIE


The Mars Volta, Amputechture:

Resenhar o Mars Volta não é pra qualquer um. Portanto, deixo o trabalho a cargo de Tom Leão, colunista d'O Globo:

Mars Volta: a música que vem da cabeça

Uma das bandas mais interessantes e bizarras da nova safra que utiliza de elementos do rock clássico do passado se chama Mars Volta. Eles fazem os chamados álbuns conceituais. Nada em seus discos é aleatório ou em vão. Da arte das capas ao conteúdo das letras e ao encadeamento das idéias, tudo soa como filmes, sonhos, sob a forma de música, em arranjos e experimentos que perpassam do heavy metal clássico ao rock progressivo. Cada disco do Mars Volta (e eles já têm três) é para ser ouvido meticulosamente e várias vezes. O primeiro, De-loused in the comatorium (2003), contava a história de um poeta louco através de seus delírios mentais enquanto estava em coma num hospital. O segundo, Frances, the mute (2005), voltava aos delírios mentais, desta vez usando como ponto de partida a atriz Frances Farmer (Kurt Cobain batizou sua filha de Frances em homenagem a ela), que foi submetida a lobotomia nos anos 50 por falar o que pensava. O disco era um sonho passado na mente de Frances.Agora, apresentam Amputechture, que parece sugerir mais um acesso de loucura provocado pelo fanatismo religioso (mais uma vez os nomes das músicas, que chegam a durar 16 minutos, misturam latim e espanhol, o que complica mais ainda, tipo "Asilum Magdalena"), outra viagem que os fãs só vão entender depois de muitas audições e visitas aos fóruns da banda. Para a arte das capas desta vez eles chamaram o artista neo-surrealista Jeff Jordan, depois de trabalharem com Storm Thogerson, que havia feito capas, não por acaso, para Led Zeppelin (Houses of the holy) e Pink Floyd (The division bell). E o guitarrista convidado mais uma vez é John Frusciante, dos Red Hot Chili Peppers (com quem vão excursionar a partir de setembro), que se reveza com o titular Omar Rodriguez-Lopez, que produziu o novo disco; e ao lado do vocalista Cedric Bixler-Zavala, forma a base do Mars Volta. "Amputechture" está previsto para sair dia 22 de agosto, mas já vazou na internet. Comecei a ouvi-lo em loop e pelas próximas semanas estarei entregue a mais essa loucura :-)


Nas minhas humildes palavras: O Mars Volta é a revolta metaleira contra os indies. Apesar de lembrarem muito o Rush e as bandas de progressive metal tipo Dream Theater, os fãs de Strokes e Franz Ferdinand adoram. Por isso que eu digo: o melhor é ser eclético. Assim dá pra escutar Sepultura e Robbie Williams sem dramas de consciência.



Living Things, Ahead of the Lions:

No primeiro minuto de audiição de Ahead of the Lions, a impressão que se tem é "ei, já ouvi isso antes". Sim, o riff de abertura da primeira música, Bom Bom Bom, é igualzinho a Brown Sugar, do Stones. Depois a música se afasta um pouco do plágio puro, se mostrando um rockzinho feito sob medida pra tocar no radio. Ok, parece bom, mas nada de mais. Mas a partir da segunda música, o bicho começa a pegar. É rock'n'roll, baby! No seu mais perfeito conceito. As influências declaradas pela banda são Malcolm X, JFK, Fidel Castro, Muhammad Ali, Tupac Shakur, Arthur Rimbaud e Noam Chomsky. Mas isso tudo é apenas marra. As influências claras no som da banda são os Stones, já citados, e todas as bandas de rock dos anos 70, do punk ao glitter, passando pelo rock puro. Enquanto o peso pega em Bombs Below e I Owe, outras tem alto potencial radiofônico, como Bom Bom Bom, Keep It 'Til You Fold e New Year. Enfim, um disco que serve tanto para as (boas) FMs, quanto para uma balada mais headbanger.

Abaixo, o clip bacanérrimo de Bom Bom Bom:




PROFISSIONAL DO SÉCULO!

Se você precisar de qualquer coisa - qualquer coisa MESMO - , chame o Aristeu! Éééé, quando a coisa aperta, a galera se vira como pode...


CERTINHA

A Seleção Brasileira pode ter feito fiasco na Alemanha, mas com essa Miss, eu duvido que o Brasil faça feio no Miss Universo...


Rafaella Zanella

quarta-feira, julho 12

ZIDANEMANIA

A cabeçada do Zidane já virou febre na internet. Já tem o jogo, onde você tem que cabecear todos os Materazzi que aparecem pela frente, e agora tem um festival de animações, com versões malucas da cabeçada mais famosa da história do futebol. Dá uma olhada no clip das melhores que já apareceram:



Fonte: O Velho
SEXTA-FEIRA 13 NA TERÇA-FEIRA 11

Que diazinho desgraçado o de ontem! Depois de brigar com o vizinho, martelar o dedo, tropeçar em todos os móveis dentro de casa, fazer uma massa impossível de ser comida e queimar o cabo da panela, ainda consegui dar um tapa no meu próprio saco!!!

E hoje promete. Já de manhã cedo, quebrei um copo...

POLÍTICA DE M&$%#

Não bastasse o Lula puxar o tapete do Olívio aqui no RS, ainda temos que aguentar absurdos como esse.

É por isso que eu estou, cada vez mais, largando a política de mão. Ninguém dá bola para o povo, tudo se resume à maracutaia. Onde já se viu, Lula abraçado com Jáder Barbalho e Rigotto? Daqui a pouco, até o Leonardo se candidata a governador. Ops, isso também já aconteceu!

De hoje em diante, sou do Partido do Eu Mesmo. Contribuições na minha conta corrente, por favor.

P.S.: Mas Yeda no segundo turno? Acho brabo... Se bem que o Zé Povinho despolitizado e alienado é capaz de tudo.

terça-feira, julho 11

EU BEBO SIM...

Apresentador da RedeTV! passa mal e é tirado do ar

O apresentador Fernando Vanucci, da Rede TV!, passou mal durante a apresentação do programa Bola na Rede, no domingo, e foi tirado do ar. Segundo o colunista Daniel Castro, da Folha de S.Paulo, Vanucci estava apresentando o programa com fala mole e dificuldade de articular frases. Ele foi cortado, então, por um intervalo de 11 minutos. O programa foi assumido pelos ex-goleiros Ronaldo e Zetti e depois por Augusto Xavier.
A RedeTV! afirmou que Vanucci tomou dois comprimidos do tranqüilizante Lorax, com forte efeito calmante, usado para regular o sono.


Fonte: Terra

Comprimidos? Pra mim isso tem outro nome. Dá uma olhada:


AS IMAGENS FALAM MAIS QUE MIL PALAVRAS

Boi bandido:





A melhor música do ano, ao vivo (dica do Kako)





O clip do ano (cortesia do mais novo integrante da lista de links ali ao lado, o Tissot):





Tem coisa melhor que esse YouTube? Tem sim. Mulher!!!


sexta-feira, julho 7

BOBAGENS...

ASSUSTADOR

Olha a mensagem subliminar contida em "Jingle Bells", quando tocada ao contrário...



HORÓSCOPO

"CASA: Esse sim é um tópico delicado. Jamais deixe bitucas de cigarro espalhadas pelos cinzeiros ou copos sujos na pia. Nunca se esqueça, ao se levantar do sofá, de afofar os assentos das almofadas para que elas fiquem todas da mesma altura. E jamais tenha idéias súbitas sobre a decoração: um virginiano perde as estribeiras quando nota que o porta-retratos à esquerda do abajur foi deslocado para a quina direita da mesa."

Marília Pacheco Fiorillo, Marylou Simonsen, Use e abuse do seu signo.

Mais perfeito, impossível... A Camila que o diga.


MAIS UMA DO... DEIXA PRA LÁ.

"05/07/2006 19:25

Respeito ao Brasil
É muito triste para mim continuar vendo a Copa do Mundo sem poder mais ajudar o Brasil. Entendo a revolta que muitos estão da seleção, mas não posso concordar com os que desrespeitam os jogadores que foram defender o Brasil. Não acho justo, sei que lutamos muito e temos que ser no mínimo respeitados.
Vejo o exemplo de outros países e me emociona ver que, mesmo na derrota, seus jogadores são respeitados. Estou em casa, muito chateado, ao lado daqueles que me amam e estou recebendo o apoio dos meus amigos verdadeiros.
Sinto muito por não estar na final, mas tenho certeza que fiz o meu melhor. Acabei de ver a semifinal da França, torci muito pelo meu amigo Felipão, mas pude comprovar que chegou a final um grande time. Chega de tentar achar culpados, vamos pelo menos uma vez entender que futebol é assim, nem sempre se pode vencer. É isso que faz a paixão por esse esporte ser cada vez maior. Teremos outras oportunidades para ganhar, e venceremos. Um abraço a todos que apóiam os jogadores do Brasil."


Alguém explique pra esse cara que respeito não se exige, se conquista.

BTW, minha aposta para melhor jogador da Copa é Klose, da Alemanha. Foi o jogador mais decisivo do campeonato. Só perde pro Zidane se a FIFA resolver dar um prêmio pelo "conjunto da obra" do francês. Para o campeão da Copa, aposto na Itália. Tem o melhor goleiro do torneio (Buffon), um zagueiro espetacular (Cannavaro), um meio-campo criativo e consistente na marcação e um ataque competente. A França só tem Zidane e Vieira. Henry não viajou pra Alemanha e o tal do Ribery não é tudo isso que dizem. De qualquer forma, nenhuma das duas seleções merecia ganhar essa Copa. Brasil e Argentina tinham os melhores times, mas o salto alto foi proporcional ao talento de seus jogadores.
FILME



"Imagine um país onde o Presidente nunca lê o jornal, onde o Governo declara guerra pelas razões erradas e onde mais pessoas votam por um ídolo pop que para o próximo presidente". Esse é os Estados Unidos pintado pelo diretor Paul Weitz (American Pie, About A Boy) em American Dreamz (Paul Weitz, EUA, 2006). Satirizando a realidade americana, Weitz apresenta uma comédia espetacular, cheia de piadas sutis - outras nem tanto - e que tira o maior sarro de personalidades como George W. Bush (óbvio), Dick Cheney, Britney Spears e Simon Cowell. A história é a seguinte: logo depois de reeleito, o Presidente Joseph Stanton (Dennis Quaid) resolve ler os jornais do país pela primeira vez, o que faz com que ele sofra um colapso nervoso. Enquanto isso, Martin Tweed (Hugh Grant), produtor e apresentador do programa de maior audiência da TV americana, American Dreamz, procura candidatos para a próxima temporada. Para aumentar a popularidade do Presidente, seu Chefe de Gabinete (Willem Dafoe, careca e irreconhecível) resolve colocá-lo como jurado no tal programa de TV. O problema é que um dos candidatos, Omer Obeidi (Sam Golzari), é, na verdade, um terrorista afegão que planeja explodir uma bomba em pleno programa, matando o Presidente ao vivo para todo o país. O elenco principal está genial, com destaque para Hugh Grant, como o canastrão Tweed, mas quem rouba o filme são os personagens secundários, como os árabes Omer e seu primo gay, Iqbal (Tony Yalda). Dennis Quaid faz um dos melhores papéis da sua vida, deixando de lado a pose de durão que o caracteriza para fazer um Presidente beirando a infantilidade. O único ponto fraco do filme são as canções breguissimas cantadas por Sally Kendoo (Mandy Moore), uma loirinha interiorana com pose de santinha mas que na verdade é uma cobra, disposta a tudo para alcançar a fama. Enfim, um filme engraçadíssimo, cujo humor lembra muito Dr. Fantástico, clássico de Stanley Kubrick (guardadas as devidas proporções, é claro) e que vale ser visto.


CURTINHAS

- Quando eu crescer, eu quero ser ator de teatro gaúcho. É só pedir que leva tudo de graça...

- Corre a boca pequena que Ronaldinho Gaúcho recebeu 700.000€ do Barcelona para voltar inteiro da Copa. A fonte é seguríssima...

- Não consigo parar de escutar o novo do Muse. Por isso, não tem comentário novo de música dessa vez.

- A Mariana do BBB6 está perfeita na Playboy desse mês. Até que enfim um ensaio decente, já que a revista vinha decepcionando nos últimos tempos.

- Grêmio 0x3 Ulbra. O 2° semestre promete...

- A campanha para Governador está lançada. Três meses de muito trabalho, mas por uma ótima causa. Além da grana, vai ser maravilhoso tirar esse boneco de botox do Piratini. Dá-lhe Bagual da Bossoroca!!!


CERTINHA


terça-feira, julho 4

DEPOIS DE TANTO CHORO...


Ronaldo e Roberto Carlos suando a camisa em treino do Real Madrid

... uma boa notícia.

O melhor são os comentários. Certamente o webmaster teve trabalho pra conseguir 1000 pessoas que falassem bem do velhinho...


Aproveitando para responder o comentário anônimo do post anterior:

olha tava fuçando a internet e axei esse blog...
axei mto interessante os comentarios e o seu senso de critica...


Muito obrigado! Apareça sempre.

mas eh mto facil vc esculachar os jogadores sem ta no lugar deles sofrendo as pressões q eles sofreram...

Pressão? Quem é que sofreu pressão? Os jogadores milionários da Seleção, que ganham rios de dinheiro pra jogar bola e viajar pelo mundo ou o pobre povo brasileiro, assalariado, que tem que matar um leão por dia pra sobreviver, cuja única alegria, na maioria das vezes, é o futebol?

e o ronaldo pow respeita o cara ele eh o fenomeno e naum ta numa fase boa mas ngm pode esquecer o quanto ele ja jogo pela seleção e o tanto de gols q ele fez principalmente na copa passada q foi ele o grande nome da copa...

Bem, na Copa passada até eu faria os gols que ele fez. É só botar o Ronaldinho e o Rivaldo pra me deixar na cara do gol. E o grande responsável pela vitória do Brasil foi o Felipão, fato reconhecido apenas quatro anos depois. Me desculpe, mas não dá pra respeitar um cara que se diz atleta e que tem o mesmo preparo físico que eu. Se qualquer gordo pode ser "o melhor centroavante do mundo", vou me apresentar no Olímpico amanhã!


E para os gordinhos solteiros, fica a dica: dinheiro emagrece e embeleza a pessoa. Olha o que o Ronaldo andou pegando...


segunda-feira, julho 3

AGORA COM RSS!!!

Para comemorar a volta do iGNORANCEiSbLISS, resolvi colocar um sistema de feed no blog. É só clicar com o botão direito no íconezinho laranja ali do lado, "copiar link" e colar no seu agregador de feeds. Eu uso e recomendo o Feedreader, que é levinho e funciona bem.

Ah, já ia me esquecendo! Como eu pude esquecer de uma das mais populares seções da história desse blog??? AS CERTINHAS!!!



domingo, julho 2

DE VOLTA!

Quando eu criei esse blog, há três anos atrás, eu levava outra vida. Tinha outra namorada, outro emprego, outros objetivos de vida e outra forma de pensar. Durante esses três anos, muitas coisas mudaram, e esse blog serviu como um retrato dessas mudanças. Hoje sou, certamente, uma pessoa melhor, caminhando a passos largos para ser melhor ainda, e devo isso a esse blog. Sim, porque foi por culpa dele que eu achei a principal razão dessas mudanças tão benéficas. Ela - e todos os que acompanharam esse processo - sabe quem é...
Por isso, seguindo os insistentes pedidos da minha "senhora" (sim, estou casado, e ela fica louca quando a chamo assim...), o iGNORANCEiSbLISS ressurge das cinzas para continuar a falar sobre os mais diversos assuntos, sempre tentando manter o bom humor e a ironia característicos.






Muse - Black Holes & Revelations

O melhor disco do ano até agora! A melhor música do ano até agora! Confesso que nunca fui muito fã do Muse, sempre achei um genérico chato do Radiohead. Mas nesse último disco eles se superaram. Os elementos eletrônicos inseridos no som da banda podem parecer estranhos à primeira audição, mas a verdade é que eles se encaixaram como uma luva aos vocais grandiloqüentes de Matthew Bellamy e à virtuosidade musical do trio. Há quem diga que o Black Holes... é uma mistura de Supertramp com Radiohead, mas a coisa é bem maior. Canções como Invincible (a tal "melhor música" citada no início do post), Starlight e Knights Of Cydonia são a prova de que a renovação deu certo. Enfim, um disco do Muse longe de ser chato.





Acabou o sonho do hexa. Em vez do virtuosismo que todos esperavam, o que se viu foi uma seleção brasileira apática e sem vergonha na cara. Tudo isso só tem um motivo: seu treinador, Carlos Alberto Parreira. Sua incompetência é tamanha que, mesmo tendo os melhores jogadores do mundo à sua disposição, não conseguiu montar um time minimamente organizado em campo. Para quem acompanha futebol, a simples indicação de Parreira ao cargo de treinador da seleção já é um absurdo, visto seu currículo - até o Mano Menezes tem mais títulos que ele. Todo mundo sabe que a sua falta de personalidade é o principal motivo dele ocupar o cargo, já que atende sem protestar os desmandos da cúpula cartoleira e corrupta da CBF. Que seleção é essa onde um jogador 15kg acima do peso tem status de titular absoluto? Onde um jogador, mesmo que contestado desde o início de sua carreira, ganha a posição somente pela experiência? Onde o melhor jogador do mundo não é livre para jogar onde bem entender? Parreira, em uma entrevista, disse que o futebol pra ele é apenas um trabalho, que seu principal interesse são as artes e a decoração de ambientes. Então, senhor Parreira, assuma sua opção sexual e deixe o futebol para os homens que honram o que tem no meio das pernas. Pegue suas coisas e suma do futebol brasileiro, e leve junto com o senhor engodos como Cafu, Roberto Carlos e Ronaldo. E de quebra leve Galvão Bueno e Falcão, os inventores da idiotice chamada "quadrado mágico".

Algumas conclusões pessoais sobre a Copa:

- Ronaldo é, realmente, um câncer para o futebol brasileiro. Já ferrou o Brasil na Copa da França e repetiu a dose nessa Copa. Enquanto todo mundo se preocupava em torcer para que ele batesse o recorde de gols em Copas, ninguém parou pra pensar que, com ele, o time entrava com dez jogadores em campo. E não venham me dizer que ele jogou bem nessa Copa, porque gol no Japão até eu faço! Além disso, sua incompetência ainda atrapalhou o desempenho do melhor centroavante do mundo, Adriano, que tinha que ir buscar jogo no meio-campo porque a baleia careca estava prostrado no lugar dele dentro da área. Pra concluir, se ele, com 95kg não é considerado gordo pela comissão técnica da CBF, eu paro já a minha dieta!

- Tenho pena do Ronaldinho Gaúcho, que no Barcelona joga com liberdade e rodeado por atacantes velozes. Era deprimente quando ele lançava a bola e o ataque de pinogol ficava esperando bola no pé...

- Como é que, num jogo onde o adversário está fechadinho atrás, O Parreira tira o melhor batedor de faltas do mundo?

- Ao menos essa será a última Copa de Cafu, Roberto Carlos, Emerson e Ronaldo. Pena que também será a do Zé Roberto e do Juninho Pernambucano, mas com tantos jogadores surgindo no Brasil todos os anos, é fácil arranjar substitutos. O problema é que o Zagalo ainda dura mais umas duas Copas...

- Casagrande foi o comentarista que falou as verdades em todos os jogos. Quando tirar a batata que tem na boca, vai ser reconhecido pelo grande público.

- A Alemanha ganha essa Copa por ter melhor conjunto e por ter o melhor jogador da Copa, Klose. Portugal tem treinador, mas convenhamos, o time é muito ruim! França e Itália nem mereciam estar na semifinal.

sexta-feira, janeiro 13

OLÁ!

Batendo todos os recordes de lapso de postagem, volto depois de mais de um mês de férias blogueiras. Motivos para a falta de posts não faltam: muito trabalho, falta de inspiração, pouco tempo disponível e, o principal de todos: preguiça. Sim, pura preguiça. Eu deveria era acabar com esse blog, mas não consigo. Ainda mais quando entro no Sitemeter e vejo que o número de acessos não diminuiu. O respeito aos poucos, mas fiéis, leitores sempre acaba falando mais alto. Por isso, vamos aos assuntos de sempre:



O DISCO:



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Vários Artistas, This Bird Has Flown - 40th Anniversary Tribute To Rubber Soul: Salvo raríssimas exceções, uma cover sempre fica pior que a original. Em se tratando de um tributo aos Beatles, a mais incomparável de todas as bandas, a possibilidade disso acontecer aumenta consideravelmente. Porém , diferentemente da maioria dos tributos já lançados, esse This Bird Has Flown é uma feliz exceção. Primeiro, pela escolha dos artistas, alguns dos melhores do rock atual, dentre eles o Fiery Furnaces, Surfjan Stevens, Ben Kweller e Ted Leo & The Pharmacists. Segundo, pela inspiração desses artistas em colocar seu estilo próprio sem perverter a sagrada qualidade das canções do quarteto de Liverpool. Destaque para a versão de What Goes On feita por Surfjan Stevens. Essa uma exceção de cover que ficou melhor que a original. E olha que estamos falando de ninguém menos que os Beatles...


O FILME (ou uma série):



Over There (EUA, 2005): Mesmo tendo reeleito George W. Bush, o povo americano ainda merece crédito pela sua classe intelectual. A série Over There é um bom exemplo de como os americanos mais sensatos estão encarando a absurda Guerra do Iraque. Sem americanismos exacerbados e com muita crueza, a série mostra os horrores de uma guerra covarde e sem honra, onde um Davi - os rebeldes iraquianos - luta contra um Golias - o exército americano - mas nenhum deles representa o estereótipo do mocinho e do bandido. É aí que reside o absurdo da guerra: nada é preto/branco, tudo é cinza. Vista pelo ponto de vista de 7 soldados, a série mostra o lado pessoal dos soldados americanos e de seus familiares e todas as dificuldades de quem vai e de quem fica. A comparação com Band Of Brothers é inevitável, mas para melhor caracterizar Over There, pense que Band Of Brothers tem a mão de Steven Spielberg, enquanto Over There está mais para Oliver Stone.


O(S) FATO(S) - afinal, em um mês e meio o que não falta é assunto...:

- Passei no vestibular de Direito. E em primeiro lugar. Ok, Ok, foi na Ritter, mas mesmo assim, eu mereço os parabéns, não é?

- Emagreci 15Kg. Com isso, ganhei muitas roupas novas - aquelas que esperaram no armário por otimismo - e inúmeros elogios. Mais alguns meses, eu volto à forma de 15 anos atrás.

- Dei uma meia-aliança de Natal para minha gatinha. Isso significa que ela é uma semi-noiva? Ah, malditas convenções sociais... Como se um título pudesse classificar o amor que eu sinto por ela...

- Estou completamente viciado n'O Tempo e o Vento. Eu achei que o bom da história estava nos dois primeiros livros, O Continete I e II, mas O Retrato é ainda melhor e O Arquipélago promete ser genial. Só não consigo entender como é que essas obras-primas saíram da cabeça de um cruzaltense (explicando: eu sou de Ijuí, e como bom ijuiense, não suporto Cruz Alta).

- Vi pouco do novo Big Brother Brasil, mas já tenho um candidato: AGOSTINHO. Gordinho, baixinho, cara simpática e carioca! Se ele contar uma piada por dia, já ganhou. E a gaúcha, hein? Promoter? Na minha terra isso tem outro nome...

- Meu time do Grêmio na Master League do Pro Evolution Soccer 5: Taffarel, Cicinho, Lugano, Passarela e Ashley Cole; Beckenbauer, Cruyjff, Ronaldinho e Rivelino; Lipatin e Adriano. Que tal? E o pior é que o Lipatin mete gol pra burro!!! Poderia muito bem ser assim na vida real...

- R.I.P.: Patrick Cranshaw, o Blue de Old School. Se não sabe quem é, é porque não viu a melhor comédia dos últimos anos, que aliás está passando nesse momento no Telecine Premium. You're always be our boy, Blue!

- Pra não deixar em branco, uma pequena lista dos melhores do ano:

Melhores filmes: Sin City e Closer
Melhor disco: Franz Ferdinand - You Could Have It So Much Better (isso se contar que Funeral, do Arcade Fire, foi lançado em 2004, senão, não teria pra ninguém)
Melhores músicas: Franz Ferdinand, Do You Want To, Wedding Present, Interstate 5 e Kaiser Chiefs, I Heard It Through The Grapevine
Banda - e show - do ano: Arcade Fire
Melhores séries: The O.C. e Prison Break

Ei, essa é a minha opinião cujo único critério usado foi "o que veio primeiro na cabeça". Existe critério mais sincero que esse?

- ROLLING STONES, AÍ VOU EU! Dia 18 de fevereiro estarei na praia de Copacabana vendo o que será o último show dos caras no Brasil e o maior da história do rock! Um evento que eu poderei contar aos meus netos.


A GOSTOSA:


Luiza Rickert