quarta-feira, abril 20

PLACEBO EM POA

Ai, minha cabeça ainda dói...

Enfim, tenho que falar alguma coisa sobre o show de ontem. O certo seria ter postado ontem a noite mesmo, logo na volta, mas meu estado não permitia. O fácil acesso e o preço amigável da cerveja atrasaram esse post. Mas vamos lá...

Cheguei durante a apresentação da segunda banda gaúcha escalada para abrir os trabalhos, a Deus e o Diabo. Na primeira música, parecia que seria um grande show. Com um baterista muito bom e dois vocalistas de talento, a DEOD fazia uma performance, no mínimo, interessante e a música era de altíssima qualidade. Só que a segunda música era igual a primeira, a terceira igual a segunda, e assim sucessivamente. Ou seja, o que prometia ser bom ficou chato demais. Tempo para a primeira cerveja.

A banda seguinte, o Stratopumas, é... Bem, tem que se dizer que é comovente ver os meninos tentarem copiar o visual e o estilo dos Strokes. O guitarrista inclusive se parece muito com o Albert Hammond Jr.. Porém, o amadorismo dos caras vem a tona no primeiro acorde. Mas a banda tem futuro. A partir do momento em que se decidirem quem vão imitar, se o Strokes ou o Libertines, a banda já pode tentar faturar uns trocados tocando covers no Opinião.

O Superphones entrou com o jogo ganho. Enquanto a banda se preparava para entrar no palco, já podia se ouvir os gritos dos fãs. Só que pelo jeito, o técnico da banda deve ser o Zagalo, pois mesmo com a vitória garantida, eles jogaram pelo empate. Seu estilo Radiohead wannabe só funciona no palco se houver um pouco de interação com o público, mas a antipatia da banda era explícita. E uma pergunta para os fãs da banda: o Foguinho sempre foi o vocalista? Me pareceu diferente do que eu já tinha ouvido deles. Em casa parece bom, mas ao vivo...

Os Cartolas, banda que ganhou o prêmio de melhor da noite, realmente foram bem bacanas. Não é o tipo de música que eu curto, mas ao menos eles pareciam se divertir no palco. Mas a gurizada deprê de boutique que formava a maioria do público parece não ter gostado muito dos caras. Pra falar a verdade, eu fiquei quase todo o show mais preocupado em matar a sede do que ouvir a banda. Até porque já estava mais que na hora do show principal começar.

Então veio o Placebo.. Não sou um fã de carteirinha da banda, mas já os conheço faz tempo e tenho todos os CDs. Digamos que o melhor disco deles disparado é a coletânea Once More With Feeling, o que prova que a banda tem altos e baixos. Só que no show de ontem eles tocaram só os pontos altos da carreira. Todos os clássicos estavam lá e o show foi bem bacana. Os músicos são excelentes, tem pleno domínio de palco - destaque para o baixista, que agitava o tempo todo - e o vocalista Brian Molko canta exatamente igual ao disco, fato raro em bandas do gênero. Um show que não chega a ficar na história, mas sem dúvida, um ótimo show.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

- Provavelmente teve muita gente que se decepcionou ao ver o Brian Molko sem nada de maquiagem e com o cabelo bem curtinho. Os vários sósias do cantor, presentes na noite de ontem, devem ter se arrependido do tempo que gastaram na frente do espelho para ficar iguais ao ídolo.

- Placebo é a banda mais parecida com Rush que eu conheço. Ao vivo então, nem se fala.

- Se era pra fazer um show num lugar com uma acústica horrorosa daquelas, então que fizessem no Gigantinho. Ao menos é do lado da minha casa e eu não precisaria ter que atravessar a cidade em plena hora do rush.

- Em alguns momentos eu me senti numa filial gigante do Ossip. Nunca vi tanta figurinha carimbada num show como no de ontem. A frase da noite foi se jogassem uma bomba aqui, a cena indie-publicitária-cinemeira de Porto Alegre desapareceria. A parte boa é que deu pra encontrar muita gente bacana que há tempos eu não via. A parte ruim é que assim como tinha muita gente bacana, tinha muita gente que eu preferia nunca mais ter que cumprimentar cinicamente.

- Adriana, esse post não foi uma cópia do teu. Eu já estava com ele na cabeça desde ontem, mas não tive tempo nem condições de escrever até agora. Aliás, onde tu te meteu ontem que não te vi no show? Tu foi a única conhecida que eu não encontrei.

- Charles e Bia, obrigado pela companhia e pela paciência de aguentar esse chato durante todo o show.

- Eu não sei se era fome, mas o xis cinco queijos que eu comi ontem no SóComes da Lima e Silva me pareceu ser o melhor de toda minha vida. Ainda bem que eles não tem tele-entrega, senão o meu projeto de reeducação alimentar estaria comprometido.

E agora, uma fotinho muito tosca de celular, mas serve como registro:

Placebo

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