quarta-feira, dezembro 27

ROCKY IS BACK, BACK AGAIN

"O mundo não é um mar de rosas. Na verdade é um lugar ruim e asqueroso. E não importa o quão durão você seja, você apanhará e ficará de joelhos e ficará ali se permitir. Nem eu, nem você, nem ninguém baterá tão forte quanto a vida. Não importa o quão forte possa bater, e sim o quanto pode aguentar os golpes e continuar em frente, o muito que pode aguentar e seguir adiante. Assim é a vida! Agora, se sabe o que vale,vá e mostre o seu valor. Mas deve ser capaz de receber os golpes, e não apontar o dedo e dizer o que é por culpa desse ou daquele. Os covardes fazem isso!"

Se existe um cara que pode falar isso com propriedade, esse cara se chama Sylvester Stallone. Mesmo criando um personagem que entrou para a história do cinema, Stallone foi ridicularizado durante toda a sua carreira. Foi chamado de tosco, ogro, sem talento. Com o passar dos anos, foi esquecido pelas novas gerações. Porém, tal como o seu alter-ego Rocky Balboa (Sylvester Stallone, EUA, 2006), Stallone acaba por calar a boca de todos seus detratores. Quando começaram a surgir as primeiras notícias sobre o 6° filme da franquia, as críticas e piadinhas vieram de todos os lados. Nada injustificável, diga-se de passagem. Tirando os dois primeiros filmes, as outras sequências não foram dignas de respeito. Porém, Stallone corajosamente botou a cara a bater. E fez um GRANDE filme! Toda a fórmula que deu certo no primeiro filme está lá: começa mostrando a dura vida do lutador, ele é desafiado, treina (com direito a corridinha na escadaria do Museu da Filadélfia ao som da indefectível trilha de Bill Conti) e termina com uma luta emocionante. Só que, em 1976, Stallone tinha 30 anos. Agora o desafio é maior, tanto para Rocky quanto para Stallone, um sexagenário. E ele, apesar de tudo, supera esse desafio se mostrando em grande forma, atuando como nunca, dirigindo com maestria e exibindo o mesmo shape de 30 anos atrás (claro que guardadas as devidas proporções e as aplicações de botox). Eu não sei se é pela simpatia - nem sempre assumida - que todos da minha geração temos por Rocky, mas é arrepiante ver um filme como esse, digno até de Oscar. Sério, acredite! Não é a toa que a estátua de Rocky voltou para a frente do Museu da Filadélfia.


Deja-vu

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