quinta-feira, julho 13

DESINTOXICANDO O OUVIDO INDIE


The Mars Volta, Amputechture:

Resenhar o Mars Volta não é pra qualquer um. Portanto, deixo o trabalho a cargo de Tom Leão, colunista d'O Globo:

Mars Volta: a música que vem da cabeça

Uma das bandas mais interessantes e bizarras da nova safra que utiliza de elementos do rock clássico do passado se chama Mars Volta. Eles fazem os chamados álbuns conceituais. Nada em seus discos é aleatório ou em vão. Da arte das capas ao conteúdo das letras e ao encadeamento das idéias, tudo soa como filmes, sonhos, sob a forma de música, em arranjos e experimentos que perpassam do heavy metal clássico ao rock progressivo. Cada disco do Mars Volta (e eles já têm três) é para ser ouvido meticulosamente e várias vezes. O primeiro, De-loused in the comatorium (2003), contava a história de um poeta louco através de seus delírios mentais enquanto estava em coma num hospital. O segundo, Frances, the mute (2005), voltava aos delírios mentais, desta vez usando como ponto de partida a atriz Frances Farmer (Kurt Cobain batizou sua filha de Frances em homenagem a ela), que foi submetida a lobotomia nos anos 50 por falar o que pensava. O disco era um sonho passado na mente de Frances.Agora, apresentam Amputechture, que parece sugerir mais um acesso de loucura provocado pelo fanatismo religioso (mais uma vez os nomes das músicas, que chegam a durar 16 minutos, misturam latim e espanhol, o que complica mais ainda, tipo "Asilum Magdalena"), outra viagem que os fãs só vão entender depois de muitas audições e visitas aos fóruns da banda. Para a arte das capas desta vez eles chamaram o artista neo-surrealista Jeff Jordan, depois de trabalharem com Storm Thogerson, que havia feito capas, não por acaso, para Led Zeppelin (Houses of the holy) e Pink Floyd (The division bell). E o guitarrista convidado mais uma vez é John Frusciante, dos Red Hot Chili Peppers (com quem vão excursionar a partir de setembro), que se reveza com o titular Omar Rodriguez-Lopez, que produziu o novo disco; e ao lado do vocalista Cedric Bixler-Zavala, forma a base do Mars Volta. "Amputechture" está previsto para sair dia 22 de agosto, mas já vazou na internet. Comecei a ouvi-lo em loop e pelas próximas semanas estarei entregue a mais essa loucura :-)


Nas minhas humildes palavras: O Mars Volta é a revolta metaleira contra os indies. Apesar de lembrarem muito o Rush e as bandas de progressive metal tipo Dream Theater, os fãs de Strokes e Franz Ferdinand adoram. Por isso que eu digo: o melhor é ser eclético. Assim dá pra escutar Sepultura e Robbie Williams sem dramas de consciência.



Living Things, Ahead of the Lions:

No primeiro minuto de audiição de Ahead of the Lions, a impressão que se tem é "ei, já ouvi isso antes". Sim, o riff de abertura da primeira música, Bom Bom Bom, é igualzinho a Brown Sugar, do Stones. Depois a música se afasta um pouco do plágio puro, se mostrando um rockzinho feito sob medida pra tocar no radio. Ok, parece bom, mas nada de mais. Mas a partir da segunda música, o bicho começa a pegar. É rock'n'roll, baby! No seu mais perfeito conceito. As influências declaradas pela banda são Malcolm X, JFK, Fidel Castro, Muhammad Ali, Tupac Shakur, Arthur Rimbaud e Noam Chomsky. Mas isso tudo é apenas marra. As influências claras no som da banda são os Stones, já citados, e todas as bandas de rock dos anos 70, do punk ao glitter, passando pelo rock puro. Enquanto o peso pega em Bombs Below e I Owe, outras tem alto potencial radiofônico, como Bom Bom Bom, Keep It 'Til You Fold e New Year. Enfim, um disco que serve tanto para as (boas) FMs, quanto para uma balada mais headbanger.

Abaixo, o clip bacanérrimo de Bom Bom Bom:




PROFISSIONAL DO SÉCULO!

Se você precisar de qualquer coisa - qualquer coisa MESMO - , chame o Aristeu! Éééé, quando a coisa aperta, a galera se vira como pode...


CERTINHA

A Seleção Brasileira pode ter feito fiasco na Alemanha, mas com essa Miss, eu duvido que o Brasil faça feio no Miss Universo...


Rafaella Zanella

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