sexta-feira, setembro 2

MORTE!

Morte aos salames, aqueles que nunca se comprometem, que posam de bonzinhos, que não contestam nada, que dão o tapa e escondem a mão. Morte aos falsos intelectuais, os insignificantes que acham que suas opiniões vão mudar a vida de alguém, que se julgam o supra-sumo da cultura e o último grito de qualquer assunto. Morte aos nerds revoltadinhos, que auto-justificam seu fracasso social atrás de uma falsa opção de vida, que dariam um dedo para serem bonitos e bacanas mas desdenham quem o é. Morte aos falsos profissionais, que acham que o autodidatismo é a mesma coisa que experiência e formação. Morte aos cineastas brasileiros incompetentes, que culpam a burrice do público pelas más bilheterias de seus filmes, como se todo mundo gostasse de pagar para ver um filme ruim. Morte aos jogadores de futebol, que ganham rios de dinheiro para fazer bem o que muitos pagam para fazer mal, e não conseguem acertar uma bola num quadrado gigantesco. Morte às corporações, que nos empurram seus produtos mal feitos como se fossem imprescindíveis e depois simplesmente ignoram nossas reclamações, nos tratando como realmente somos, joguetes. Morte às mulheres caça-dotes, que traem o marido com o primeiro pedreiro bem-dotado que aparece. Morte aos maridos hipócritas, que procuram fora de casa o que a esposa está louca para dar e não o faz por sua própria incompetência e falta de interesse. Morte aos publicitários mortos de fome que acham que são grande coisa com suas roupinhas da moda, que comem feijão frio e arrotam caviar. Morte aos médicos desinteressados, que tratam a saúde como fonte de renda, que deixam de atender quem precisa, que tratam seus pacientes como gado. Morte aos professores arrogantes, que estão pouco se lixando com os alunos, que se preocupam mais com uma pseudo-fama acadêmica do que com o fruto de seu trabalho. Morte aos políticos e á democracia, já que não sabemos como lidar com eles. Morte ao povo ignorante sem memória, que acredita em tudo que a mídia fala, que troca seu voto por uma cesta básica ou por um sub-emprego. Morte aos saqueadores de New Orleans, que se aproveitam da desgraça alheia. Morte aos puxa-sacos. Morte aos gays enrustidos. Morte aos homofóbicos. Morte aos gays que desdenham de quem não tem a mesma opção sexual que eles. Morte aos racistas, negros e brancos, que não se deram conta que estamos no século XXI e já não existe uma raça totalmente pura. Morte aos pedófilos e estupradores. Morte aos defensores dos direitos humanos dos criminosos e não das vítimas. Morte aos que acham que o desarmamento vai acabar com o crime. Morte aos funcionários públicos que não fazem nada além de bater o ponto e encher o saco com greves e mais greves. Morte aos aspones. Morte ao sexo de pau-mole do Sexytime, tão excitante quanto uma banana de plástico. Morte aos órgãos de defesa do consumidor, que aceitam suborno das grandes empresas para abafar os abusos. Morte aos advogados picaretas, que defendem quem paga mais e não quem é injustiçado. Morte a quem escreve "naum". Morte aos blogueiros, com suas opiniões inócuas e com suas frases mal feitas, que entopem a internet e a cabeça dos incautos com idiotices.

Eu estou indignado. Com tudo. Até comigo.

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