segunda-feira, março 7

FILMES DO FIM DE SEMANA

Constantine

Antes de mais nada, nunca li Hellblazer ou Constantine, portanto não posso dizer se Keanu Reeves está fiel ao personagem dos quadrinhos. Aliás, em se tratando de filmes baseados em gibis, isso é uma coisa que até ajuda na anãlise, até porque cinema é cinema e quadrinhos são quadrinhos. Ao falar de um filme, você está analisando aspectos inerentes ao cinema que não podem ser comparados com quadrinhos. Bem, falando então especificamente sobre o filme, dá pra dizer que Constantine é bem legal, uma divertida mistura de O Exorcista com Máquina Mortífera. Nada muito profundo, apesar da discussão em torno de céu e inferno, pecado e redenção. O deietive-bruxo-exorcista-médium John Constantine é um personagem interessante, que desdenha tanto de Deus como de Satanás em pessoa e está mais preocupado com os seus problemas - um câncer galopante de pulmão e uma tentativa de suicídio na adolescência que pode mandá-lo pro inferno - do que com a salvação do mundo. Ao encontrar a policial Angela (Rachel Weisz), que investiga o estranho suicídio da irmã gêmea, Constantine descobre que os demônios, liderados pelo filho do demo, Mammon, estão tentando dominar a Terra, com a ajuda de alguém da turma de Deus. Constantine vê aí a sua chance de passar a eternidade no céu. A partir daí seguem um sem número de lutas - de soco - com demônios e tiros de água-benta, até o clímax, que mostra toda a malandragem de Constantine. Essa cena em especial mostra o grande defeito do filme: Keanu Reeves. Como eu disse antes, não sei se ele está fiel ao personagem dos quadrinhos - que até onde eu sei é loiro. Mas sei que ele realmente não convence como ator. No momento que Keanu teria que mostrar a personalidade irônica do personagem, no final do filme, ele só se limita a fazer um esgar ridículo, que de malandro não tem nada. Mesmo assim, Constantine ainda vale o ingresso. Mas não espere um filme sério. Vá para o cinema com a idéia de que Constantine é um filme-pipoca que a diversão será garantida. Nota 8,5



O Casamento de Romeu e Julieta

Não é tão ruim quanto eu pensei. A idéia é muito boa, ainda mais pra nós gaúchos que podemos nos identificar perfeitamente com os personagens, que vivem um romance atrapalhado pela rivalidade futebolística - no caso, Corinthians x Palmeiras. O grande problema do filme é justamente seu diretor, Bruno Barreto, que deixou a comédia de lado para inserir histórias "comoventes" - em outra palavra: bregas - que atrapalharam o ritmo e a qualidade do filme. Além disso, não conseguiu tirar de seus atores o melhor desempenho, como no caso de Luana Piovani. Luana é uma boa atriz de comédia, como deu pra ver em O Homem Que Copiava, mas as cenas dela chorando nesse filme estão na lista de piores interpretações da história do cinema. Salvam a pátria Marco Ricca e Luis Gustavo, como os dois engraçadíssimos antagonistas da história. Pode esperar sair em vídeo. Nota 5

Keanu Reeves e Luana Piovani
Keanu e Luana, um casal unido pelo talento (ou a falta de)

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