segunda-feira, novembro 8

DE VOLTA ÀS LOCADORAS

Depois de um recesso de três meses, voltei à vida normal de consumidor de home video. Por isso, trago aqui algumas mini-resenhas do que vi na semana que passou:

- O Dia Depois de Amanhã (The Day After Tomorrow, Roland Emmerich, EUA, 2004): Belo filme-catástrofe, com todos os clichês do gênero: ótimos efeitos especiais, dramas pessoais e muito suspense. Porém, esse filme tem um diferencial: a ameaça é real, ou pode vir a ser segundo vários ambientalistas. Pra quem está achando que O Dia Depois de Amanhã é mais uma patriotada tipo Independence Day, a surpresa vai ser grande. Preste atenção no depoimento do presidente americano depois da desgraça climática que assola o país. Muito engraçado! Nota 8.

- Em Carne Viva (In The Cut, Jane Campion, EUA, 2003): Sério, eu vou matar quem me disse que esse era o melhor filme do ano! Uma bomba, pretensiosa e chata, que não vale nem pelos peitos caídos da Meg Ryan. Também pudera, já que é dirigido pela mesma Jane Campion, responsável por O Piano, a maior referência de filme chato da história. Nota 1.

- Tróia (Troy, Wolfgang Petersen, EUA, 2004): Brad Pitt bombado, mais Orlando Bloom e Eric Bana. Todos eles de saiote e braços de fora. Um épico que mais parece um clip do Village People. Talvez o pior filme épico que eu já tenha visto. Depois da trilogia d´O Senhor dos Anéis, vai ser difícil alguma cena de batalha surpreender alguém. A nota vale apenas pelo duelo de Heitor (Eric Bana) contra Aquiles (Brad Pitt) e sua coreografia excelente, pela beleza de Helena (Diane Kruger) e por Brian Cox, perfeito no papel do infame Rei Agamenon. Melhor esperar por 300, que vai ser dirigido por Zack Snyder (Madrugada dos Mortos, sensacional) e que já está em fase de pré-produção. Nota 5.

- Eu, Robô (I, Robot, Alex Proyas, EUA, 2004): Não sei se é porque eu não esperava muito do filme, mas gostei bastante. Tirando os atores principais, o piadista Will Smith e a linda mas insossa Bridget Moynahan, a história é pra lá de bacana. Os efeitos especiais, principalmente os robôs, são dos melhores já feitos. Pra quem gostou de Minority Report, Blade Runner , Matrix e todos esses cybermovies que apareceram nos últimos anos. Nota 8.

- Efeito Borboleta (The Butterfly Effect, Eric Bress/J. Mackye Gruber, EUA, 2004): Surpreendente e original. O filme fala de um dos nossos maiores sonhos, ter o poder de mudar as coisas ruins do nosso passado. Evan (Ashton Kutcher) cresceu sofrendo blackouts de memória durante os momentos de maior tensão na sua infância e adolescência. Agora, adulto, Evan descobre que pode voltar no tempo, justamente nesses blackouts e mudar o curso dos acontecimentos. O que ele não sabe é que o presente também muda, o que pode não ser uma experiência muito agradável. O filme é muito bem dirigido pelos estreantes Bress e Gruber, a montagem é excelente, mas o ator principal poderia ser outro melhor que Ashton Kutcher, que não conseguiu se desvincular da imagem de comediante. Ao menos, Amy Smart, em vários papéis, e as crianças do elenco, salvam a pátria. Podia ser pior, Josh Hartnett quase pegou o papel de Evan... Nota 9.

- Starsky e Hutch - Justiça em Dobro (Starsky e Hutch, Todd Philips, EUA, 2004): Ben Stiller, Owen Wilson, Vince Vaughn e Will Ferrell numa sátira ao seriado policial homônimo dos anos 70. Precisa falar mais? Então tá: tem um threesome entre Wilson, Amy Smart e Carmem Electra. Tá esperando o que, rapá!!! Nota 8,5.

- Jogo de Sedução (Dot The I, Matthew Parkhill, Inglaterra, 2003): Sem dúvida, o melhor de todos. No início, parece mais um romance bobinho, um triângulo amoroso entre a impulsiva espanhola Carmem (Natalia Verbeke), o inglês almofadinha Barnaby (James D´Arcy, excelente) e o ator brasileiro (?) Kit (Gael Garcia Bernal), mas a história sofre uma reviravolta que perverte tudo o que você possa imaginar. Falar qualquer coisa a mais pode ter o mesmo efeito que dizer que Bruce Willis estava morto em Sexto Sentido. Imperdível! Ah, e não deixe de ver o making of do DVD, onde os produtores tratam o diretor de fotografia brasileiro Affonso Beato como "um deus da fotografia". Nota 9,5.

Os filmes da semana
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