sexta-feira, abril 20

NUNES

Ele não joga nada, é verdade. Mal consegue passar uma bola para um companheiro a dois metros de distância. Mas ninguém pode dizer que ele não é pé quente. Ele estava na célebre Batalha dos Aflitos e agora na Batalha do Olímpico. De vez em quando existem pessoas que servem somente pra dar sorte para os outros. Nunes é uma dessas pessoas que...

(...)

Ah, que grande bobagem! Eu aqui, bêbado na frente do computador, cantando todos os hinos da geral, apavorando a minha mulher que sabia que eu era gremista, mas não tão fanático, querendo dar uma de David Coimbra, descrevendo a emoção de um jeito bacaninha... Grande merda!

O que eu quero dizer é, dois pontos:

1. O GRÊMIO É IMORTAL! Ano que vem, alguém vai fazer 10x0 na gente e a gente vai devolver 11x0. Alguém duvida?
2. Se o Grêmio jogar metade do que jogou contra o Caxias, ganha a Libertadores com um pé nas costas. Quiçá o Mundial!
3. Tcheco é uma mentira! Não tem raça e não sabe chutar uma bola que seja, nem parada, nem andando...
4. Como é que o Mano vai tirar o Diego Souza e o Sandro Goiano do time depois de hoje?
5. Carlos Eduardo é o novo Ronaldinho!
6. DURANTE UM MÊS NÃO VOU VER AQUELAS CAMISETAS VERMELHAS NOJENTAS NA RUA! Sem contar que vou abrir a Zero Hora e não ver uma página sobre os vermelhos... É ou não é o paraíso?
7. Aprendam com os mestres, macacada! A gente deu um ano entre 20 pra vocês. Agora é a vez de retomar o topo da gangorra!!!
8. Depois de hoje, quem segura o Tricolor?
9. Rubi, Marquinhos, Sandro, Joãozinho... espero suas considerações.

P.S.: O post está em azul por um motivo muito óbvio...

quarta-feira, abril 4

VISUAL DNA



Dica da patroa.
ELES ESTÃO FORA!

Como é bom secar! Ainda mais quando eles são eliminados aos 48 do segundo tempo. Melhor ainda é ouvir a reportagem de depois do jogo, com o Píffero e o Abel dizendo que "o trabalho que está sendo feito está correto, só faltou um pouco de sorte". O que o Inter queria? Toda a cota de sorte da sua história foi gasta ano passado, naquela barbadinha de Libertadores, com direito a frango do Rogério Ceni na final, e naquele aborto da natureza do final do ano - se houvessem 10 partidas entre Inter e Barcelona, os catalães ganhariam 9, umas 5 de goleada.

E terça que vem tem mais choradeira! Ou vocês acham que o colorado vai conseguir parar a "máquina" do Emelec em plena Guayaquil? Se não ganhou nem do VEC!!!!

Amanhã tem aviãozinho de novo nos céus de Porto Alegre! Ah, que saudades...

Pra terminar, um exercício de futurologia: GRÊMIO BI-CAMPEÃO GAÚCHO! Não precisa nem ser Mãe Dinah pra prever isso...

(post dedicado aos colorados que, volta e meia, aparecem por aqui...)

UPDATE: Eu já estava ficando triste com essa notícia, mas o último parágrafo reacendeu minhas esperanças. Adílson Batista? Hueueuaushuheuheuheuhuehueueuhe...

terça-feira, abril 3

ULTRA X-TUDÃO

Os porto-alegrenses têm o X do Gélson, da Zona Sul, os ijuienses têm o Kachuka, Tramandaí tem o Entreverado do Raubust, os canoenses têm um X a cada esquina, mas os paulistas raparam as fichas com o Ultra X-Tudão. O "lanchinho" tem 7500 calorias, pesa em média 3,5Kg, tem, entre outras coisas, pure de batata, cheddar, catupiry, batata frita e polenta, e o pessoal do Santa Coxinha faz um desafio aos que não se mixam por pouca coisa: quem comer DOIS desses, ganha o terceiro de graça.

Agora imaginem eu, depois de encher o pandulhinho de sushi, ver essa matéria antes de dormir. Haja chá de boldo!



Que animalice! (fotos by Camila, direto da TV)

sexta-feira, março 30

RAPIDINHAS

- O rabino Henty Sobel foi preso dia 23 por ter roubado quatro gravatas de uma loja de Palm Beach. O rabino era a maior autoridade religiosa judaica do Brasil, e tentou dar um godô dizendo que não tinha culpa no cartório. Estamos bem de líderes religiosos: os padres que comem criancinhas (not in a comunist way), os evangélicos que lavam dinheiro adoidado, os muçulmanos homem-bomba e agora os rabinos cleptomaníacos. Chega até a dar medo de dizer "bota na mão de Deus"...

- Agora virou gandaia. Qualquer um que já ganhou um jogo no exterior vira campeão do mundo. E a FIFA, mostrando que está longe de ser uma entidade séria, ainda referenda essas barbaridades. Que graça tem ainda ficar brigando pela validade dos títulos? Isso tudo é uma grande palhaçada! A não ser que o Grêmio ganhe o Mundial desse ano. Vai "unificar os títulos", hehehe...

- "Eu tenho um amigo que não lava o pau, dali sai polenguinho roquefor e emental, queijo minas na safada e ricota nas cachorra, ensebando a mulherada e enxaguando com a porra". Realmente, o Bonde do Rolê merece todo o hype. É genial! E ainda ficam babando nas letras do Chico Buarque (brincadeira, Rochane :))

- E a Daniela Cicarelli quer virar jurisconsulta. Justo ela, que é citada como exemplo de invasão de privacidade EM TODAS AS FACULDADES DE DIREITO DO BRASIL

- Guilherme Zaiden. Anotem esse nome.

segunda-feira, março 26

BOBBY

Já faz tempo que concordo com tudo o que dizem sobre os irmãos John e Robert Kennedy. Cada um ao seu tempo simbolizou a esperança de um mundo melhor. Cada um deles, se não fossem violentamente assassinados, poderiam ter transformado o mundo que conhecemos hoje. Talvez a insana Guerra do Vietnã tivesse acabado mais cedo, antes de causar tantas mortes; talvez não vivessemos durante décadas uma aterrorizante guerra fria, mãe da corrida nuclear e do terrorismo atual; talvez, inclusive, não estaríamos sofrendo com o prejuízo ambiental do aquecimento global. Pela importância histórica desses dois políticos, o cinema não pôde se abster de mostrar suas histórias. O assassinato de JFK já foi tema de vários filmes e de, no mínimo, uma obra-prima: JFK, de Oliver Stone. Porém, até Bobby (Emilio Estevez, EUA, 2006), o irmão de John não tinha tido a homenagem que merecia.

E que homenagem! Emilio Estevez, pra quem não lembra, fazia parte da turma de atores revelados no início da década de 80 que tinha, entre outros, Tom Cruise, Patrick Swayze e seu irmão, Charlie Sheen. Filho do ator Martin Sheen - conhecido pelo seu papel em Apocalypse Now e pelo intenso engajamento político - Emilio estava sumido das telas nos últimos 10 anos. Seu retorno foi em grande estilo. Emilio entra para o time de atores/diretores que revisitam o passado para explicar o presente, tal como George Clooney em Boa Noite e Boa Sorte e Clint Eastwood em A Conquista da Honra. Bobby conta os últimos minutos de vida do senador americano asssassinado pouco antes de ser eleito presidente dos EUA sem se fixar na sua pessoa, mas sim, nos efeitos que a sua provável eleição causaria no cenário social conturbado dos EUA de 1968. Com um estilo narrativo inspirado em Nashville e Magnolia, já célebre no cinema atual (e que, por isso, já não serve mais como argumento para denegrir um filme), várias histórias mostram personagens enfrentando conflitos internos e problemas sociais, todos eles interligados pela esperança de mudança representada pela eleição de Bobby Kennedy. Deixando de lado alguns clichês, Estevez consegue criar uma atmosfera de otimismo em meio a conturbada situação social da época, mostrando todos os aspectos que caracterizavam aquele tempo: a luta pelos direitos civis dos negros, a oposição à Guerra do Vietnã, a situação de "novos negros" dos latinos, a alienação junkie dos hippies, a revolução comportamental que trouxe a tona a hipocrisia das relações conjugais. Robert Kennedy representava esse otimismo, e essa esperança acabou na bala do revólver do palestino Sirhan Bishara Sirhan.

Com um elenco mais do que estelar, que conta com Anthony Hopkins, Demi Moore, Sharon Stone, Lindsay Lohan, Elijah Wood, William H. Macy, Helen Hunt, Christian Slater, Heather Graham, Laurence Fishburne, Freddy Rodriguez, Nick Cannon, Emilio Estevez, Martin Sheen, Shia LaBeouf, Joshua Jackson, Joy Bryant, Svetlana Metkina, David Krumholtz, Harry Belafonte e Mary Elizabeth Winstead, entre outros, Bobby passou despercebido pelos festivais, ganhando algumas indicações para o Globo de Ouro mas totalmente ignorado pela Academia. O que não deixa de ser uma injustiça, por se tratar de um belo filme que merece ser visto pelo ótimo trabalho realizado pelo diretor, pela reunião inédita de tantos astros do cinema e, principalmente, pela importância histórica do fato que retrata.


Emilio Estevez dirigindo Sir Hopkins em "Bobby".

domingo, março 25

CADERNINHO DE RESPOSTAS

Putz, eu tenho 10 anos. O que a gente não faz pela patroa...

5 coisas que eu quero fazer antes de morrer
- Filhos
- Me formar
- Ficar rico
- Conhecer Londres
- Ver um show do Pink Floyd

5 coisas que eu faço bem
- Macarrão a bolonhesa
- VT de varejo
- Gastar dinheiro com bobagens
- Comer
- (não posso falar nesse blog)

5 coisas que eu mais digo
- "Bah"
- "Obrigado"
- "Te amo"
- "Não tô com sono"
- "Tô indo"

5 coisas que eu não faço (ou não gosto de fazer)
- Musculação
- Lavar banheiro
- Tirar o lixo
- Dormir cedo
- Video institucional

5 coisas que me encantam
- Cheiro de grama molhada
- A determinação, a beleza e o bom humor da minha esposa
- Chocolate e/ou sorvete
- Filmes realmente bons
- Sentar num buteco, tomar uma cerveja bem gelada e bater um papo com conteúdo

5 coisas que eu odeio
- Ex-fumante chato
- Gente metida a grande coisa
- Ser mal atendido quando estou pagando
- Ficar sem dinheiro
- Colorados quando ganham alguma coisa

Claro que nenhuma resposta dessas é definitiva. As respostas podem ser outras amanhã. Ou até mesmo hoje...
300



Há uns 3 anos atrás, quando um amigo me emprestou a graphic novel Os 300 de Esparta, de Frank Miller, confesso que não fiquei tão entusiasmado quanto ele ao falar do gibi. Lembro que achei os desenhos excelentes, mas a história fraquinha. Tá certo que tinha uma mensagem de honra e coragem intrínseca, mas a mesma era completamente clichê e previsível. Ao ver a adaptação dos quadrinhos para o cinema, a impressão continua a mesma. Porém, como na relação entre um storyboard e a cena filmada, 300 (Zack Snyder, EUA, 2006) dá vida à idéia original de Miller. O estilo do autor foi transposto fielmente para a tela, enriquecido com movimentos muito bem coreografados e fotografados. Estilísticamente, não dá pra se dizer que 300 não é menos que perfeito em todos os sentidos. O diretor Zack Snyder já tinha provado em Madrugada dos Mortos que é um exímio maestro das imagens, mas em 300 ele extrapola seus próprios limites, transformando cada fotograma em uma tela digna dos melhores pintores, adicionando nessa tela um balé de movimentos de tirar o chapéu. Claro que Frank Miller já tinha feito o trabalho original ao definir o estilo visual da história. Mas Snyder colocou um tempero que transformou esse filme numa iguaria inesquescível. Certamente, 300 virou desde já um paradigma visual do tamanho de Matrix, Gladiador e Senhor dos Anéis.

Mas meu entusiasmo para por aí. Um filme não merece entrar para a história do cinema - como muitos críticos entusiasmados estão dizendo - se não tiver um enredo que valha a pena. Como disse antes, 300 traz uma mensagem pífia de honra e coragem. Mas o que se vê além disso é apenas pau, sangue e gritaria. A lenda da batalha das Termópilas até hoje é lembrada como uma das melhores táticas de guerra já executadas na história dos combates. Só que essa batalha foi protagonizada pelos soldados espartanos, guerreiros treinados para não sentir dó do inimigo e cuja maior glória era morrer na ponta de uma lança. Emoções, portanto, estavam excluídas da equação. É aí que mora o pecado de 300. O símbolo da filosofia espartana, o Rei Leônidas (numa marcante interpretação de Gerard Butler, justiça seja feita), não é nada mais que um caudilho que não pensa nas conseqüências de seus atos. Leônidas, criado desde criança pelo código espartano "não se render, não recuar", perde a noção do perigo e o timing da batalha, deixando de lado a possibilidade de conquistar um objetivo maior. Em resumo, se Leônidas fosse um técnico de futebol, seu time sempre perderia de 11 a 6. Tamanha insensatez impede que o espectador sinta a empatia necessária pelo protagonista.



Por isso, 300 deixa de ser um filme nota 10. Muito provavelmente vai ganhar todos os prêmios do MTV Movie Awards desse ano devido ao seu visual estonteante (dependendo, é claro, de como for Spiderman 3, que estréia em maio). Mas as vezes a imagem não é tudo. Em Madrugada dos Mortos, Zack Snyder tinha modernizado o clássico de 1979 de George Romero, tanto no visual, quanto no roteiro. No entanto, em 300 o diretor deixou de lado seu lado autoral para se dedicar exclusivamente ao de esteta. Tomara que em seu próximo projeto - mais uma adaptação de quadrinhos: Watchmen, de Alan Moore - Snyder volte a dar pitaco na história original. Talento ele tem de sobra.

Ah, sim: o Rodrigo Santoro está no filme. E ele fala, dessa vez. Apesar de não ser a sua voz...


"Ah, que saudades do Brasil. Ao menos lá eu pego a Ellen Jabour. Aqui, tenho que encarar o Osama Bin Laden."

sábado, março 24

CONVERSA DE FIM DE MÊS

Camila: Vamos doar sangue uma hora dessas?

Fabian: Amor, eu sou asmático, não posso doar sangue.

Camila: Isso não é problema. Asmático também pode doar sangue.

Fabian: Uma vez eu fui no banco de sangue e eles não deixaram eu doar por que eu tenho asma.

Camila: Duvido.

Fabian: Meu amor, tu acha que na pindaíba que eu ando eu não iria doar? Até porque eles dão um sanduiche para os doadores. Eu poderia almoçar lá todos os dias...

IMPRESSIONANTE!



O que é impressionante não é o Arcade Fire colocar 8 músicas de Neon Bible no Top Ten do Last.fm. O que é impressionante é Black Wave-Bad Vibrations e [Antichrist Television Blues] não estarem nessa lista.

Realmente, Neon Bible é um puta disco mesmo. Alguém duvida que estamos diante de uma banda que vai entrar para a história do rock?

terça-feira, março 20

HELLO, AVATAR

Todo mundo já tá careca de ouvir falar no Second Life, portanto, nao vou ser eu que vou falar das características do jogo, isso você pode achar por aí facilmente - na Época dessa semana tem uma baita matéria. É um novo mundo que se abre para os mais ligados. Uns estão lá para ganhar dinheiro, outros para fazer um sexozinho virtual, outros apenas andam e voam pra lá e pra cá. Mas tem gente que dá vazão à sua criatividade e faz coisas geniais, como isso:



Mais informações em www.molotovalva.com.
O PASSADO NEGRO DE HUGH GRANT



Esse cara é, sem dúvida, uma das figuras mais engraçadas do cinema atual. Videozinho cortesia do Kako.

UPDATE: O filme é massa! Começa com esse clip e segue uma hora e quarenta de show do Hugh Grant. O cara é, sem dúvida, uma das figuras mais engraçadas do cinema atual. Ele consegue ser tão natural em algumas piadas que parecem não fazer parte do roteiro, e sim cacos do ator. Isso sem contar suas várias performances "musicais", que são de chorar de rir. Além de Grant, as inúmeras referências a ícones musicais esquecidos dos anos 80 agradam aqueles que viveram a breguice daquela época - a própria história da banda PoP lembra muito a trajetória do Wham!, lembra? Andrew Ridgeley*? E a pergunta que não quer calar depois de ver esse filme: o que é mais brega: os cabelos do Flock Of Seagulls ou esse monte de cachorras metidas a divas que metem um negão fazendo rap enquanto elas cantam letras bacanas como "eu sigo mexendo meu bumbum, porque é com o bumbum que se consegue um namorado"? ONDE ESTÁ A MELODIA? ONDE ESTÃO AS LETRAS? Ao menos, por mais brega que fosse, o pop oitentista era muito melhor que as Mariah Careys, Rihannas e Aguileras de hoje.

* Parceiro de George Michael no Wham!, que caiu no ostracismo depois da dissolução do grupo.

sábado, março 17

FUTUROLOGIA ou O ENVIADO DE DEUS

George W. Bush desperta os sentimentos mais extremos nas pessoas. Enquanto alguns têm ele como um mensageiro de Deus e um paladino da justiça e da paz mundial, outros (a grande maioria, não tenho medo de dizer) o vêem como o anticristo, um político sem escrúpulos que envia soldados e mais soldados para morrerem numa guerra baseada em mentiras. De qualquer forma, por ser o homem mais poderoso do mundo, Bush acaba sendo sempre o centro das atenções, principalmente nas manifestações cinematográficas da esquerda cultural. Em dois documentários ainda inéditos no Brasil, o presidente americano é mostrado das duas maneiras citadas acima. Porém, o que dá pra se ver é que as duas produções têm algo em comum.

O aliciamento de crianças para a causa de Deus é o mote principal de Jesus Camp (Heidi Ewing/Rachel Grady, Eua, 2006), produção indicada ao Oscar de Melhor Documentário de 2007. As diretoras acompanharam uma temporada no acampamento de verão Kids On Fire, onde crianças e pré-adolescentes participam de atividades que visam fortalecer a sua fé no cristianismo. Porém, o que se vê é uma celebração de preconceito, fanatismo e maquiavelismo político, numa lavagem cerebral que mete medo em quem assiste. O discurso é intimidador, no sentido de mostrar que o cristianismo é quem tem o monopólio da verdade, enquanto as outras religiões são mentirosas. O resultado disso são crianças exibindo uma fé cega em tudo o que os pregadores lhes dizem, numa demonstração de fundamentalismo digna dos mais fanáticos muçulmanos. Essa é justamente a intenção, como diz a líder do acampamento, Becky Fisher: "Enquanto os islâmicos treinam suas crianças desde a mais tenra idade para inclusive matar em favor da sua causa, nós ficamos aqui estáticos. Minha missão é justamente treinar nossas crianças para defender a causa do cristianismo com o mesmo ardor. Estamos numa guerra, e nós temos a verdade ao nosso lado". Além disso, o filme traz mais depoimentos impressionantes, como o de uma mãe que ensina seu filho em casa porque nas escolas dizem que o criacionismo é errado e o do pastor Ted Haggard, que friamente mostra que existe um plano muito bem traçado para a ocupação de cargos estratégicos da política e do judiciário americano por fundamentalistas cristãos. OK, mas onde Bush entra nessa história? Não é novidade a crença cristã do presidente e o suporte que a comunidade religiosa lhe dá (inclusive o próprio Ted Haggard foi "conselheiro espiritual" do governante americano, antes de se envolver num escândalo homossexual), conforme se vê numa das cenas mais chocantes do filme. Numa das palestras de Fisher, um display com a foto de Bush é colocado no altar enquanto a ministra pede às crianças que orem pelo governante. As crianças então se ajoelham diante da foto e a reverenciam como se o presidente fosse o próprio messias ressuscitado na Terra. Mensageiro de Deus?

Death Of A President (Gabriel Range, Inglaterra, 2006) mostra um exercício de futurologia: em 19 de outubro de 2007, o presidente é morto em um atentado em Chicago. Usando impressionantes efeitos digitais, o diretor mostra, usando uma linguagem de documentário de maneira extremamente realista, os momentos que antecedem o assassinato, o próprio, e as posteriores investigações. Por trás das maravilhas dos efeitos especiais - que fazem o espectador realmente achar que Bush foi assassinado, só vendo pra entender - existe uma série de questionamentos sobre a posição do governo americano em relação à guerra e aos seus veteranos, à discriminação racial e às liberdades individuais. As conseqüências de um possível assassinato de Bush seriam benéficas ao mundo ou as sandices do executivo americano face a esse fato atingiriam patamares inacreditáveis? O filme em nenhum momento se posiciona de forma expressa, mas fica um sentimento de que Bush ainda é melhor (ou menos pior) vivo que morto. De qualquer forma, é um filme indispensável, pelo realismo das cenas, pela maestria do diretor na montagem e nos efeitos especiais e pela análise coerente e madura da possibilidade disso eventualmente acontecer.


A criança fanática e Bush levando a pior em dois filmes sensacionais

domingo, janeiro 14

PRABHU DEVA É O CARA

Se eu fosse indiano, seria o Prabhu Deva! O Michael Jackson indiano. Ou seria o MC Hammer?

Kalluri Vaanil, o clássico!



Agora com o irmão, Raju Sundram:



Versão pegador...


sexta-feira, janeiro 12

ERRATA

Segundo minha lista de melhores filmes de 2006, V de Vingança ficou em primeiro lugar. Mudei de opinião: Filhos da Esperança (Children Of Men, Alfonso Cuarón, Inglaterra, 2006) roubou seu lugar. Que filme impressionante, pelamordedeus! Não bastasse a história ser genial, tecnicamente o filme é nada menos que PERFEITO. Alfonso Cuarón e o fotógrafo Emmanuel Lubezki realizam dois planos em sequência que estão entre os três melhores DA HISTÓRIA DO CINEMA! E não sou eu quem digo, mas sim o Pablo Villaça. Não sei como não foi indicado pra nada no Globo de Ouro, mas espero que o Oscar faça justiça. O filme merece, no mínimo sete indicações: Filme, Diretor, Ator (Clive Owen), Ator Coadjuvante (Michael Caine), Fotografia, Direção de Arte e Efeitos Sonoros, ganhando seis delas (ainda acho que o Leonardo DiCaprio merece por Diamante de Sangue). Eu ainda não vi O Labirinto do Fauno, mas realmente os diretores mexicanos - Cuarón, Guillermo Del Toro e Alejandro González Iñáritu - merecem todo o hype que está rolando.


Clive Owen e Julianne Moore no melhor filme do ano!

quinta-feira, janeiro 11

CURTINHAS

- Essas "musas"... Não bastasse a palhaçada da Cicarelli contra o YouTube, primeiro bloqueando o site, depois, na maior cara de pau, dando entrevista dizendo que não tinha sido ela, agora a Luana Piovani se meteu a grande coisa e tomou na lata. Eu fico pensando se isso não é puro marketing pra esconder a falta de talento. Na minha opinião, elas deveriam tentar fazer algumas cirurgias pra valorizar o que elas tem de bom e eliminar os pequenos defeitinhos. Ficaria mais ou menos assim:


Cicarelli e Luana sem os acessórios supérfluos

- Downloads obrigatórios do início de 2007: Patrick Wolf, The Magic Position; !!!, Myth Takes; Cooper Temple Clause, Make This Your Own; The Higher, On Fire; e as três músicas que vazaram do novo do Arcade Fire, Neon Bible, suficientes para dizer desde já que é um dos melhores do ano...

- Band Of Brothers vai ter uma continuação!!! Maravilha!!!

- Os 4 primeiros episódios da 6° temporada de 24 vazaram na internet uma semana antes da estréia. Comparado com os inícios das temporadas anteriores, esse até que foi fraquinho. Mas o final do 4° episódio é de deixar todo mundo de boca aberta...

- O lobby para o Oscar é foda. Eu, que sou fã confesso do Clint Eastwood, achei Flags Of Our Fathers uma droga. Ok, é bem dirigido, bem fotografado, mas os atores estão péssimos (também, não dá pra esperar muito do Ryan Philippe) e parece uma cópia d'O Resgate do Soldado Ryan. O roteiro é confuso de dar dó e a montagem não ajuda em nada, deixando o filme lento e chato. Outro filme cotado para entrar na briga é Little Children, que também é de doer. Pelos comentários parecia um novo Beleza Americana, mas não passa de uma história banal de infidelidade, igual a tantas que já vimos no cinema. Se a Kate Winslet não ganhou a estatueta por Brilho Eterno... não vai ser por essa atuação insossa.

- Falando em filmes e Oscar, o Globo de Ouro é na próxima segunda. E como de costume, na época dessas premiações, as redes P2P são invadidas por DVDRips dos candidatos. Como já vi quase todos, acho que posso me meter a dar meus palpites...

Melhor Filme - Drama:
Minha aposta: Os Infiltrados
Meu voto: Babel

Melhor Atriz - Drama:
Minha aposta: Helen Mirren, A Rainha
Meu voto: Helen Mirren, A Rainha

Melhor Ator - Drama:
Minha aposta: Leonardo DiCaprio, Diamante de Sangue
Meu voto: Leonardo DiCaprio, Diamante de Sangue

Melhor Musical ou Comédia:
Minha aposta: Pequena Miss Sunshine
Meu voto: (putz, esse é complicado, mas...) Borat

Atriz em Musical ou Comédia:
Minha aposta: Annette Bening, Correndo com Tesouras
Meu voto: Toni Collette, Pequena Miss Sunshine

Ator em Musical ou Comédia:
Minha aposta: Sacha Baron Cohen, Borat
Meu voto: Sacha Baron Cohen, Borat

Melhor Atriz Coajuvante:
Minha aposta: Adriana Barraza, Babel
Meu voto: Adriana Barraza, Babel

Melhor Ator Coadjuvante:
Minha aposta: Eddie Murphy, Dreamgirls - Em Busca de um Sonho
Meu voto: Jack Nicholson, Os Infiltrados

Melhor Diretor:
Minha aposta: Martin Scorsese, Os Infiltrados
Meu voto: Clint Eastwood, A Conquista da Honra (o filme é uma droga, mas a direção é excelente)

Melhor Roteiro:
Minha aposta: Guillermo Arriaga, Babel
Meu voto: Peter Morgan, A Rainha

Filme em Língua estrangeira:
Minha aposta: O Labirinto do Fauno, México
Meu voto: O Labirinto do Fauno, México

Melhor Animação:
Minha aposta: Happy Feet
Meu voto: A Casa Monstro

Trilha sonora original:
Minha aposta: Gustavo Santaolalla, Babel
Meu voto: Gustavo Santaolalla, Babel

quinta-feira, dezembro 28

BABEL

Tô com preguiça de escrever, mas não poderia deixar passar em branco um filme desses, que toca nossa alma tão profundamente. Um filme maravilhoso, uma demonstração ultra-realista do mundo de hoje, o melhor da "trilogia da dor" de Alejandro González Iñáritu e um candidato fortíssimo ao Oscar de 2007.

Segundo a teoria do caos, o bater de asas de uma borboleta no Japão pode causar catástrofes do outro lado do Oceano. O cineasta Alejandro González Iñáritu acredita plenamente neste pensamento. Na sua obra, um cachorro, um atropelamento ou um simples rifle podem desencadear uma série de eventos catastróficos. Babel (2006) chega para completar a trilogia iniciada há seis anos com Amores brutos (2000) e 21 gramas (2003). O título remete à Torre de Babel, uma referência bíblica à idéia de pessoas que falam línguas diferentes e não conseguem estabelecer comunicação entre si.

O roteirista Guillermo Arriaga, parceiro de Iñáritu também nos filmes anteriores, coloca a ação em quatro países diferentes (Marrocos, Estados Unidos, México e Japão) e, conseqüentemente, em quatro línguas distintas. O filme começa no deserto do Marrocos, onde um pai de família compra um rifle para proteger suas cabras dos chacais. Como trabalha fora, ele deixa a arma com seus dois filhos menores (os atores mirins estreantes Said Tarchani e Boubker Ait El Caid). Eles resolvem testar o limite de alcance do novo "brinquedo". O menor, que sabe atirar, mira em um ônibus que passa na distante estrada desértica. Nele estão viajando Susan (Cate Blanchett) e Richard (Brad Pitt). O tiro acerta a mulher na altura do ombro, provocando pânico dentro do ônibus.

Nos Estados Unidos, Amelia (Adriana Barraza), a babá que toma conta dos filhos de Richard, recebe um telefonema avisando que Susan está hospitalizada. Mexicana, Amelia mora ilegalmente nos Estados Unidos há 16 anos. Com medo de perder o casamento do seu filho, no México, ela resolve cruzar a fronteira levando as crianças com Santiago (Gael García Bernal), seu sobrinho.

Enquanto isso, a jovem surda-muda Chieko (Rinko Kikuchi) fica sabendo da tragédia que aconteceu na África através dos noticiários japoneses. Mas a sua ligação com os demais eventos só será mostrada com o desenrolar da trama.

Mais do que coincidências

Para alguns o filme pode parecer uma colcha de retalhos de impossíveis coincidências, com uma forte manipulação emocional. Mas isso não importa. O objetivo de Iñáritu é mostrar que neste mundo globalizado, as pessoas estão cada vez mais distantes. Falta uma verdadeira comunicação desprovida de preconceitos e desde o 11 de Setembro a paranóia se instaurou. Depois que Susan é atingida, os outros turistas do ônibus ficam desesperados, achando que estão na mira de um novo ataque terrorista. Os únicos sentimentos que a globalização parece ter propagado pelo mundo são a violência e o medo de se tornar mais uma vítima.

Para Iñáritu, a conseqüência disso tudo é o isolamento. Susan e Richard estão afastados um do outro. Eles não se perdoam por terem perdido um filho. Culpam um ao outro e a si mesmos. Amelia se isolou de sua família ao tentar uma vida melhor nos Estados Unidos. No Marrocos, é a falta de um adulto por perto que faz com que duas crianças utilizem uma arma de fogo como brinquedo.

E no Japão, onde existe uma enorme cobrança por sucesso, tudo o que se vê é a solidão. Yasujiro (o veterano e ótimo ator Koji Yokusho), o pai de Chieko, é um rico e bem sucedido empresário que na sua caminhada para o sucesso foi se isolando cada vez mais da família. As cenas mais marcantes e poéticas mostram Chieko dentro de uma discoteca barulhenta com luzes berrantes. Iñáritu alterna momentos de extremo silêncio com ensurdecedores silêncios, mostrando que mesmo em um lugar repleto de pessoas, a solidão pode ser a sua única companheira. Chega a provocar lágrimas.

Todos falam a língua do cinema

O elenco está soberbo. Iñáritu sabe tirar o melhor de seus intérpretes. Veteranos, estrelas e estreantes desenvolvem seus personagens com idênticas camadas de profundidade, mesmo tendo diferentes níveis de exposições na tela. É gratificante observar que os meninos no Marrocos conseguem interpretações tão apaixonantes quanto os consagrados Brad Pitt e Cate Blanchett. Vale destacar ainda os trabalhos de Adriana Barraza (que merecia uma indicação ao Oscar) e da estreante Rinko Kikuchi, que mesmo sem falar usa toda a sua expressão e linguagem corporal para demonstrar seus sentimentos.

Do ponto de vista técnico, Iñáritu se cercou do melhor e o resultado final é um arroubo visual e sonoro. Rodrigo Prieto faz um excelente trabalho de fotografia. Com extrema competência, ele consegue mesclar os diferentes cenários sem deixar o contraste de cores entre a moderna cidade de Tóquio, o deserto do Marrocos e a pobreza do México se sobressaírem uns sobre os outros. A música de Gustavo Santaolalla (ganhador do Oscar por O Segredo de Brokeback Mountain) completa as cenas, surgindo hipnoticamente após longos silêncios.

Todo esse trabalho de excelência levou Iñáritu a ser premiado no festival de Cannes deste ano como Melhor Diretor. Sua narrativa imagética corrobora as mensagens sobre a solidão e a falta de comunicação. Mesmo com celulares, internet e satélites ainda não conseguimos transpor barreiras culturais e lingüísticas. A câmera de Iñáritu registra cada um desses momentos de perto, colada nos personagens como se buscasse uma solução. É a linguagem cinematográfica em todo o seu esplendor.

Fonte: Omelete



Iñáritu e Brad Pitt no set de Babel.

quarta-feira, dezembro 27

ROCKY IS BACK, BACK AGAIN

"O mundo não é um mar de rosas. Na verdade é um lugar ruim e asqueroso. E não importa o quão durão você seja, você apanhará e ficará de joelhos e ficará ali se permitir. Nem eu, nem você, nem ninguém baterá tão forte quanto a vida. Não importa o quão forte possa bater, e sim o quanto pode aguentar os golpes e continuar em frente, o muito que pode aguentar e seguir adiante. Assim é a vida! Agora, se sabe o que vale,vá e mostre o seu valor. Mas deve ser capaz de receber os golpes, e não apontar o dedo e dizer o que é por culpa desse ou daquele. Os covardes fazem isso!"

Se existe um cara que pode falar isso com propriedade, esse cara se chama Sylvester Stallone. Mesmo criando um personagem que entrou para a história do cinema, Stallone foi ridicularizado durante toda a sua carreira. Foi chamado de tosco, ogro, sem talento. Com o passar dos anos, foi esquecido pelas novas gerações. Porém, tal como o seu alter-ego Rocky Balboa (Sylvester Stallone, EUA, 2006), Stallone acaba por calar a boca de todos seus detratores. Quando começaram a surgir as primeiras notícias sobre o 6° filme da franquia, as críticas e piadinhas vieram de todos os lados. Nada injustificável, diga-se de passagem. Tirando os dois primeiros filmes, as outras sequências não foram dignas de respeito. Porém, Stallone corajosamente botou a cara a bater. E fez um GRANDE filme! Toda a fórmula que deu certo no primeiro filme está lá: começa mostrando a dura vida do lutador, ele é desafiado, treina (com direito a corridinha na escadaria do Museu da Filadélfia ao som da indefectível trilha de Bill Conti) e termina com uma luta emocionante. Só que, em 1976, Stallone tinha 30 anos. Agora o desafio é maior, tanto para Rocky quanto para Stallone, um sexagenário. E ele, apesar de tudo, supera esse desafio se mostrando em grande forma, atuando como nunca, dirigindo com maestria e exibindo o mesmo shape de 30 anos atrás (claro que guardadas as devidas proporções e as aplicações de botox). Eu não sei se é pela simpatia - nem sempre assumida - que todos da minha geração temos por Rocky, mas é arrepiante ver um filme como esse, digno até de Oscar. Sério, acredite! Não é a toa que a estátua de Rocky voltou para a frente do Museu da Filadélfia.


Deja-vu

sexta-feira, dezembro 22

OS MELHORES DE 2006

Como não poderia deixar de ser, aí vai a minha lista dos melhores discos e filmes de 2006. O único critério usado foi o da honestidade: só entraram os discos que eu escutei e os filmes que eu vi. Por isso, não levem muito a sério, já que nesse ano a correria de campanha política e trabalho não me deram muito tempo livre.

DISCOS

1.Guillemots, Through The Window Pane: Eu demorei pra começar a gostar, mas quando deu o estalo, não parei por uns dois meses. Um disco que se redescobre a cada audição. Destaques: Trains to Brazil e Annie Let's Not Wait.

2.Muse, Black Holes And Revelations: Taco a taco com o Guillemots, foi a grande surpresa, já que eu não era muito chegado no som dos caras. Uma seleção do melhor do rock'n'roll dos últimos 20 anos num disco só, e tudo ao mesmo tempo. Destaques: Invincible e Starlight.

3.The Dears, Gang Of Losers: Um dos casos felizes em que a banda melhora no segundo disco. E tem a (talvez) melhor música do ano: You And I Are A Gang Of Losers. Destaques: a própria e Ballad Of Humankindness.

4.The Killers, Sam's Town: Teve muita gente que não gostou. Mas eu, um fã de carteirinha da banda, não me decepcionei nem um pouco. Sem dúvida, uma das maiores bandas do planeta. Destaques: Bones e For Reasons Unknown.

5.Snow Patrol, Eyes Open: Tem Chasing Cars. Merece estar nessa lista só por isso. Destaques: Chasing Cars e ... Chasing Cars.

6.Boy Kill Boy, Civilian: Pelo nomezinho parece ser mais uma daquelas bandinhas emo, mas o som dos caras é sensacional. Destaques: Showdown e On And On.

7.Raconteurs, Broken Boy Soldiers: Jack White e Brendan Benson tocando rock'n'roll de verdade (leia-se, acompanhados de um baixista e um baterista de verdade). Um upgrade do White Stripes. Destaques: Steady As She Goes e Broken Boy Soldier.

8.James Dean Bradfield, The Great Western: Dá pra dizer que é o novo do Manic Street Preachers. Chega, né? Destaques: Bad Boys And Painkillers e Run Romeo Run.

9.Paolo Nutini, These Streets: O mentiroso do ano: tem nome de italiano mas é escocês, tem voz de negro americano (Al Green), mas é um branquelo de 19 anos, parece pop mas é R&B da melhor qualidade. Destaques: Jenny Don't Be Hasty e Last Request.

10.Hope Of The States, Left: Indie rock com toques épicos. Emoção pura sem ser meloso. Destaques: The Good Fight e Left.

11.I'm From Barcelona, Let Me Introduce My Friends: A minha mulher gosta muito. Eu também. E quem escutar também vai gostar. E todos juntos iremos cantar. Destaques: We're From Barcelona e Treehouse.

12.TV On the Radio, Return To Cookie Mountain: Impressionante como um troço tão estranho pode ser tão bom e, ao mesmo tempo, pop. Destaques: Province e Playhouses.

13.The Feeling, Twelve Steps And Home: A típica banda que você vai ouvir primeiro e gostar, mas quando começar a tocar no radio, você vai odiar. Destaques: Strange e Blue Picadilly.

14.The Fratellis, Costello Music: Ueba! Rock com punch e senso de humor. Fazia tempo... Destaques: Henrietta e Creepin' Up The Backstairs.

15.Midlake, The Trials Of Van Occupanther: O disco perfeito para escutar sozinho com as luzes apagadas. Destaques: Roscoe e It Covers The Hillside.

FILMES

1.V de Vingança (V For Vendetta): Para os indignados com a política mundial, um manifesto da força do povo. Ou um novo 1984. Enfim, o melhor filme do ano.

2.Os Infiltrados (The Departed): Depois de tentar ser um diretor de épicos - e se dar muito mal -, Scorcese ressucita voltando às origens e acertando a mão. Filmão!

3.Borat: Cultural Learnings of America for Make Benefit Glorious Nation of Kazakhstan: De se cagar de rir. Não, você não leu errado. Um filme tão politicamente incorreto não podia ser descrito de outra forma.

4.Boa Noite e Boa Sorte (Good Night And Good Luck): Putz, eu queria ser o George Clooney! A mulherada toda babando, uma grana furiosa no bolso e agora o cara ataca de diretor e se dá muito bem. Um baita filme, com estilo e consistência.

5.Pequena Miss Sunshine (Little Miss Sunshine): O engraçado nesse filme é que, mesmo tendo um elenco de primeira (Greg Kinnear, Toni Collette, Steve Carell), o personagem principal é uma Kombi caindo aos pedaços. De rir e chorar.

6.X-Men 3 - O Confronto Final (X-Men 3 - The Last Stand): Enquanto o Bryan Singer foi estragar o Superman, Brett Ratner assumiu a franquia e fez um filmão. A sequência do Magneto mudando a Golden Gate de lugar entrou pra história do cinema.

7.O Plano Perfeito (Inside Man): Nesse caso, a tradução em português não poderia ter sido mais perfeita. Spike Lee ensina como roubar um banco.

8.Johnny & June (Walk The Line): Joaquin Phoenix foi injustiçado pelo Oscar. Uma homenagem à altura de Johnny Cash.

9.A Marcha Dos Pinguins (March Of The Penguins): Se eu fosse mulher eu diria: "ah, que filminho fofo!!!". Mas a verdade é que eu chorei afu, mesmo sendo espada e matador...

10.Deu A Louca Na Chapeuzinho (Hoodwinked): Pegaram a história da Chapeuzinho Vermelho e perverteram de uma maneira inimaginável. A gente torce para o lobo!!!

11.Menina Má.com (Hard Candy): O título em português afugentou o público do cinema, mas é um grande suspense.

12.Scoop: Scarlett Johansson.

13.Stoned - A História Secreta Dos Rolling Stones (Stoned): Quem tem menos de 30 anos nem sonha quem é Brian Jones. Não sabe quem é o cara? Então não deixe de ver esse filme.

14.Obrigado Por Fumar (Thank You For Smoking): Canastrão até não poder mais! Uma paulada na publicidade e no cinema.

15.Tudo Pela Fama (American Dreamz): Canastrão até não poder mais! Uma paulada nos reality shows e no show business em geral.


Bônus I: A MUSA DE 2006

Bem que a Cicarelli tentou, mas a Karina Bacchi rapou as fichas no apagar das luzes de 2006. O piercing mais famoso do Brasil!!!


Por motivos de força maior, não vamos mostrar a Bacchi da Karina. Não insista!


Bônus II: O FATO DE 2006

Ok, eu vou ter que mencionar o título do Inter. Por mais que parecesse impossível, eles conseguiram. Como gremista só me resta dar os parabéns aos colorados por entrarem no seleto grupo dos campeões mundiais.
Ano que vem estaremos os dois na Libertadores. Vai ser de lascar...

sexta-feira, dezembro 15

PROMESSA

Estava lendo os arquivos do blog e vi que eu até tinha um certo talento. Mas hoje em dia as idéias não fluem tanto como antigamente. Talvez pela tranquilidade que tomou conta da minha vida (todo mundo sabe que a angústia é inspiradora), talvez pela auto-crítica exacerbada que me impede de dar uma de crítico, talvez pela preocupação de não ofender ninguém com o que eu possa escrever (já que sempre tem um umbigo de plantão que acha que é o homenageado do post), talvez por ter uma corretora ortográfica particular implacável que não aceita os meus erros de português... A verdade é que, pela enésima vez, passou pela minha cabeça encerrar os trabalhos blogueiros. Mas meu passado não permite que eu mate esse blog impunemente.

Por isso, anuncio aqui a minha volta.

Mas agora já é tarde e tenho que dormir. Talvez semana que vem. Ou mês que vem.

Prometo que, se demorar um ano, eu acabo de vez com essa bagaça.